terça-feira, 3 de maio de 2011

O Poder da Oração!

"Contrastes", de Filipe P. Neto


Metáfora da Semana


Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém, se aproximou do proprietário, que era conhecido pelo seu jeito grosseiro, e lhe pediu, fiado, alguns mantimentos. 

Ela explicou que o seu marido estava muito doente, não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar.
 
O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento, entretanto, pensando na necessidade da sua família ela implorou:

— Por favor, senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver. 

Ele, mais uma vez rispidamente, respondeu que ela não tinha crédito e nem conta na sua loja.
 
Em pé, no balcão ao lado, um freguês que assistia a conversa entre os dois se aproximou do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família, por sua conta.
 
Então o comerciante falou, meio relutante e com absurda ironia, para a pobre mulher: 

— Você tem uma lista de mantimentos?

— Sim.  

— Muito bem! Coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos!
 
A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou suavemente na balança.

Os três ficaram admirados quando o prato da balança, com o papel, desceu e permaneceu embaixo. 

Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado:
 
— Eu não posso acreditar! 

O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança. Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos, até não caber mais nada. 

O comerciante ficou parado ali, por uns instantes, olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido. Em seguida, empacotou os mantimentos em diversas sacolas. Finalmente pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado, pois não era uma lista de compras e sim uma simples oração que dizia: 

"Meu Senhor, o Senhor conhece as minhas necessidades e eu estou deixando isto em Suas mãos..."

O homem, no mais completo silêncio e cabisbaixo, entregou as sacolas com as mercadorias para a pobre mulher que já não se continha em lágrimas de emoção misturadas naquela face sofrida. Esboçando algum sorriso ela agradeceu e deixou o armazém.

O freguês pagou a conta e disse: 

— Valeu cada centavo!

Só Deus sabe o quanto pesa uma oração!

7 comentários:

  1. Adorei, emocionou-me!
    Pena que a incredulidade tem sido muito cultuada nos dias de hoje...
    Bjss

    Mila

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  2. Gilmar

    São momentos desses que nos fazem parar para refletir e não temos como dizer que vale a pena cada centavo e cada aprendizado.

    Obrigado pela sua palavras eixadas lá no M@myrene.

    Estrou deixando o link da homenagem que fiz para o aniversário do Caminha & Ruminar.

    O link é este:
    http://acasadospresentes.blogspot.com/2011/04/o-blog-caminha-ruminar-comemora-um-ano.html

    Vou enviar por email também e fique erto que ela estará llá sempre aguardando você chegar.

    Beijos e uma boa semana

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  3. Q lindo!...A oração muitas vezes é um remédio...E as vezes milagres acontecem quando se tem fé!

    Beijos e boa semana!

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  4. Olá Gilmar,
    Fiquei emocionadíssima com sua história. Aí, trazendo para os nossos dias de então, vemos o quanto há de pessoas boas e que se enternecem com as dificuldades alheias.
    É Deus, interagindo por nosso intermédio. Muito linda a história, meu amigo.
    Gostaria, já que comentaste a minha postagem, que me seguisse junto aos meus fiéis leitores, ok? Ficaria muito feliz.
    Abraços fraternos,
    Maria Paraguassu.

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  5. Nossa meu querido amigo...me emocionei muito em ler este texto...com toda certeza Deus sabe o quanto vale cada lágrima e cada oração, que brota do fundo do coração de cada um de seus filhos...
    Um abraço...
    Valéria

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  6. Gilmar, a fé, independendo da religião, é capaz de transformar. O milagre se torna possível somente a partir do momento que acreditamos.
    O seu comentário, melhor dizendo, a sua tese sobre a carne valorizou o texto. Deixo o meu afeto.

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  7. Metáfora que comove Gilmar
    Lindo testemunho mostra o quanto a oração é poderosa , basta acreditar e perseverar.

    abraços

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Os comentários têm a função precípua de precipitar a maturação da reflexão, do texto “apossado”. É um ponto de partida, sem o ponto de chegada. É o exercício da empatia no rompimento do isolacionismo, posto que, tudo está conectado. É a sua fala complementando a minha. Por isso mesmo fique à vontade para o diálogo: comentar, concordar, discordar, acordar...