sábado, 30 de outubro de 2010

Palavras desagradáveis


Imagens que falam (II)

A imagem de hoje é forte! É como um eco do provérbio chinês: “há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”.

Comentários “desagradáveis” também se vestem de subjetividade, ficando  à “mercê” de nossa capacidade de absorção, ou ainda melhor, compreensão.

As distorções são normais, triviais até! Difícil é lidar com elas!

A Psicoterapeuta e Filósofa , Adriana Tanese Nogueira, do blog Psicologia Dialética, discute a questão dos “Maus, antipáticos e desagradáveis”, numa abordagem bem mais abrangente e sobre um outro viés, mas ainda assim, tomo emprestado dois “pedaços” de seus argumentos”.

“Ser acusados, na cara ou pelas costas, de sermos ‘maus, antipáticos e desagradáveis’ é algo que fere a autoestima de qualquer um, e tem o efeito de baixar nossa imunidade psicológica, tornando-nos alvos passivos de qualquer crítica, mesmo quando infundada. Essa experiência de rejeição explícita à nossa pessoa é como uma ferida aberta que facilmente se infecciona, debilitando-nos para reagir pronta e saudavelmente perante os acontecimentos da vida”.
“Quando as críticas externas são construtivas mas dolorosas, a  rebelião interior frequentemente representa a tenacidade do ego encardido que não dá o braço a torcer. Mas se a crítica externa for baseada em estereótipos e estiver voltada para a criação e manutenção de um monopólio que nos exclui, a voz interna é o grito sagrado de justiça e liberdade. Se o recalcarmos, transformamos a crítica em cheque mate e permitimos estupidamente nossa derrota”.

Eu, particularmente, gosto do contraponto. Gosto de saber as outras versões e visões. Gosto da dialogicidade das diferenças. Então, reflexiva e empaticamente, proponho-me ao exercício do aprender a transigência. Dialogar com os limites aflorados.

Palavras ferem, é bem verdade! Machucam e dilaceram! Entretanto, em grande parte, talvez na maior parte das vezes, é porque encontraram no receptor algumas portas carcomidas pela fuligem, emperradas na autoestima e empobrecidas na madura consciência de si. Aí elas entram arrombando, fazendo um barulho ensurdecedor, sangrando fragilidades e cutucando, tantas vezes, a arrogância do revide frenético.

Então penso como  Eleanor Roosevelt quando diz que "ninguém pode fazer você se sentir inferior sem o seu consentimento", pois é isso que palavras desagradáveis podem provocar quando alguns “senões” não dão plantão.

Por vezes nosso senso crítico se perde no desmensurado volume de informações e contra informações que se impõem ao nosso cotidiano. Acometidos de tal ilegitimidade, as palavras não guardam o cuidado necessário e não mantém intactos os valores humanos, antes conservados. É nossa humana propensão ao equívoco. Quem nunca precipitou palavras?!

Não há receitas nem dogmas. Entretanto, cabe sim o exercício de maturação de si, numa prática revisionista de posturas e compreensões. Por exemplo, é preciso aprender a eliminar os preconceitos morais, éticos e sociais, sem o que, não haverá a compreensão plena do sentido de liberdade. É preciso respeito ao ponto de vista do outro. E é preciso, dentre tantas e tantas atitudes saudáveis às relações interpessoais, valorizar sempre os aspectos positivos da natureza individual, sem com isso ameaçar a intimidade dos outros ou paternalisticamente encobrir os defeitos.

E, para concluir, dizem que há sempre três lados numa discussão: o seu, o meu e o lado de quem está certo. Aqui ainda cabem incontáveis argumentos. Um dos propósitos da imagem é mesmo esse inconcluso despertamento.

É vez do seu lado se pronunciar... Fique à vontade!


Imagem: desconheço os direitos autorais. 
Ela foi escaneada de um quadro encontrado "num armário de escola", sem maiores informações.
Se alguém souber a origem, por favor, me comunique! 
Gostaria muito de dar créditos ao autor ou autora, pela relevância e significado da obra.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Que me perdoem as Loiras...


 Quintas de Humor

QUANDO AS LOIRAS FALAM...

- Nossa, você está ótima! Tão magra!! E adoro esse seu corte de cabelo,tão curto, muito fashion! O que é que você tem feito?
- Quimioterapia...
- Que bom! Em que universidade?
 

A LOIRA NO ZOOLÓGICO!!!

Ao chegar perto da jaula do Leão, ela viu uma placa:
CUIDADO COM O LEÃO!
Mais à frente, outra jaula, outra placa:
CUIDADO COM O TIGRE!
Mais à frente:
CUIDADO COM O URSO!
Depois chega a uma jaula que está vazia e lê:
CUIDADO: TINTA FRESCA!
Desesperada, a loira corre aos gritos:
- O TINTA FRESCA FUGIU! O TINTA FRESCA FUGIU!!!!



A GARRAFA TÉRMICA

Uma loira entra numa loja e vê uma coisa brilhante.
O que é isso? - pergunta ela.
- Uma garrafa térmica - responde o vendedor.
- E o que ela faz? - pergunta ela.
O vendedor explica:
- Ela mantém frias as coisas frias e quentes as coisas quentes. A loira
compra a garrafa térmica.
No dia seguinte ela a leva para o trabalho. Seu chefe, estranhando esse
objeto brilhante, pergunta:
- O que é?
- Uma garrafa térmica - responde ela.
- E o que faz? - pergunta o chefe.
- Mantém quentes as coisas quentes e frias as coisas frias - responde a
loira.
O chefe pergunta:
- E o que tem dentro?
A loira, satisfeita, diz:
- Duas xícaras de café e um suco gelado.

 
CORTINAS

Uma loira entra numa loja de cortinas e diz para o empregado:
- Por favor, eu queria umas cortinas para o monitor do meu computador!
O empregado, espantado, diz:
- Mas, minha senhora, os monitores não necessitam de cortinas. 

Então, a loira diz,com ar de espertalhona:
- Helloooooooooooooooo?!?!?!?!......... Eu tenho o Windows!!!!!!!



A EXTRAÇÃO DO RIM

A loira passeava pelo shopping quando, de repente, encontra uma velha conhecida:
- Nossa, maravilhosa! Como você emagreceu!
- Pois é... Perdi quinze quilos! Tive de extrair um rim
!
- Credo! Eu não sabia que um rim pesava tanto...

 



ESCUTANDO VOZES

O psiquiatra pergunta à loira:
- Costuma escutar vozes, sem saber quem está falando ou de onde vêm?
- Sim... Costumo!
- E quando é que isso acontece?
- Quando atendo o telefone!



A TRAIÇÃO

Uma loira está preocupada, pois acha que o seu marido está tendo um caso.
Vai até uma loja de armas e compra um revólver.
No dia seguinte, ela volta para casa e encontra o seu marido na cama, com
uma ruiva espetacular.
Ela aponta a arma para a própria cabeça. O marido pula da cama, implora e
suplica para que ela não se mate.
Aos berros, a loira responde:
- Cala a boca, cretino...Você é o próximo!

 


A TORCIDA

A loura estava tentando tirar a tampa da Coca-cola e não conseguia.
- Que inferno!
O dono do bar explicou:
- Você tem que torcer.
E a loura, batendo palmas:
- Vamos Tam-pi-nha! Vamos Tam-pi-nha!



DO OUTRO LADO

A loira está no bar. Ela chama o garçom e quando este se aproxima, ela se levanta e fala baixinho no ouvido dele:
- Onde é o banheiro?
O garçom responde:
- Do outro lado.
A loira aproxima-se do outro ouvido do garçom e diz:
- Onde é o banheiro?


 
EVA ERA LOIRA

Descobriram que Eva era loira.
É que ela, numa bela tarde no paraíso, chegou por trás de Adão, tapou-lhe
os olhos e perguntou:
- Adivinha quem é!?


 
CONTRA-MÃO

O Polícia diz para uma loira:
-Dirigindo na contra mão! A senhora não está vendo para onde está indo?
-Não. Mas deve ser muito ruim lá, está todo mundo voltando.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O Aprendiz

"Aprendiz de viajante", de Pedro Soares

O APRENDIZ
Bertolt Brecht


"Construí antes de areia, depois construí de pedra.
Como a pedra desabasse,
não construí de mais nada.
Depois voltei muitas vezes a construir
de areia e pedra; conforme,porém,
tinha aprendido.

Aqueles a quem eu confiava a mensagem
dela faziam pouco; porém aqueles em que eu nem reparava
vinham com ela até mim.
Isso tenho aprendido.

O que eu recomendava não era posto em prática;
chegando mais perto, eu via
que estava equivocado e que o correto
havia sido feito.
Com isso eu tinha aprendido.

As cicratrizes doem
nos momentos de frio.
E eu digo sempre: só a sepultura
não terá nada mais a me ensinar."

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Desafios e respostas...

O homem bicentenário
Recebi esse desafio da amiga Deia, do blog Rumo à Escrita, para fazer uma espécie de autorretrato, baseado em 20 questões prévias e, desafiar quem o ler, a proceder de modo igual.

Eis então as minhas respotas:



1 – Se me dou bem com a minha sogra?

Não se assustem! Eu tenho verdadeira paixão por minha sogra! É uma mulher de fibra,incansável nos afazeres e no cuidado com a família. É extremamente amorosa! E está sempre pronta a ponderar favoravelmente (a este genro, claro!). E tem tanta devoção por Santa Rita que, vez por outra, estou lá pegando carona! Nos damos bem sim, muito além de um padrão normal! Tenho predileção por ela e penso que a recíproca é verdadeira.
 
2 – Qual o seu desafio?

São tantos nas mais diversos esferas. Profissionalmente é o de restabelecer relações com a sala de aula. Um projeto para 2011.


3 – O que diria a seu chefe se ganhasse a Loteria? 

Hasta la vista, baby!


4 – Que farias se descobrisses que alguém te está mentindo? 

Depende do contexto e reflexos específicos. Posso ignorar (mas não esquecer); criar situação de acareação; excluir das relações, etc. Como disse, depende muito do contexto e da seriedade dos reflexos específicos.


5 – Se tua casa sofre um incêndio e apenas podes salvar uma única coisa, que salvarias? Por quê?
Considerando “coisa”, então não titubearia em salvar os meus dois sax: o tenor e o alto.  Não seria apenas um. Imposível. Eles ficam no mesmo lugar. E o porquê é simples, pois não dá prá ficar sem tocar, com as boquilhas já usadas e palhetas já preparadas. E mais, porque esse é o aprendizado que mais me ocupa!

6 – Entras num local com muita gente, que fazes?

Observo-as, tentando ler o cenário.


7 – Vês um recipiente meio cheio ou meio vazio?

Meio cheio

Por quê?

Há sempre algo a ser completado e algo a ser buscado para ajudar a encher. Significa que há possibilidades a explorar. Diz respeito ao inacabamento, às incompletudes e ao refazimento necessário, ou seja, haverá sempre um espaço a ser alcançado. Enxergar o lugar incompleto é apenas o primeiro passo.


8 – Encontras uma Lamparina Mágica. Que três desejos pedes? 

Saúde plena para a família;
Sabedoria e discernimento, também para a família;
Amorosidade e paz de espírito, também para a família.
 
9 – O que te levou a criar um blog?
Necessidade de autoconhecimento. Saber os próprios limites, espantar “demônios” e reencontrar o ponto de equilíbrio. Dentre tantas outras...


10 – Se fosses um dinossauro, como te chamarias?
Mutatis Mutandis Rex


11 – Você mudaria algo no seu passado?

Sim. Se pudesse, com o discernimento de hoje, mudaria muitos dos descompassos.


12 – Qual é o teu Sonho?

São muitos os meus sonhos. Profissionais, sociais, familiares. Ainda alimento minhas utopias, como condição para respirar vida! Um dos meus sonhos é estar vivo para apreciar o desdobramento da própria família: primeiro os filhos formados, bem situados profissionalmente, com famílias formadas, e claro, espero pelos meus netos! Envelhecer feliz!


13 – O que de mais vergonhoso fizeste?

Já paguei muito “mico” na adolescência e juventude, mas não me lembro de algo vergonhoso. E, quando adolescente ou jovem, até por ausência da adequada maturidade, não há que se considerar como sendo vergonhoso qualquer ato. Por exemplo, vergonhoso talvez tenha sido esconder-me de mim mesmo, quando trabalhava num cemitério, enquanto servente de pedreiro e com chapéu atolado na cabeça, com apenas um pequeno furinho para enxergar as pessoas, das quais eu me escondia. Lá no início da juventude sentia vergonha, hoje, a maturidade já permite sentir orgulho. Não esquecer o lugar de onde se vem é lição que eu insistia em anunciar junto aos meus alunos do Ensino Superior.


14 – Se fosses um animal, qual serias?

Não sei se seria, mas gostaria de ser uma Águia.


15 – O que nunca farias por dinheiro?

Aceitar corrupção ou corromper.


16 – O quê ou quem é capaz de tirar-te do sério?

Hoje, depois de uma derrota vergonhosa para o rival Atlético, quem me tira do sério é o meu Cruzeiro, o técnico Cuca e os dirigentes do clube.


17 – O que fizeste em tua Vida de que tenhas tanto orgulho?

Dirigir uma faculdade que oportunizou a muitos e muitos o acesso ao Ensino Superior, quebrando estigmas e rompendo preconceitos, vivenciando as minhas mais profundas utopias educacionais. Eu me orgulho muito de tudo que foi feito. Cada formatura é guardada comigo, filmada, para relembrar o brilho nas faces de cada aluno e aluna. A emoção é viva! Ao longo de cinco anos foram centenas e centenas de alunos formados e a grande maioria deles, com ajuda de bolsas ou concessões em razão da extremada carência.  Sonhos plantados e colheita farta!


18 – Como gostarias de te enamorar?

Sou um eterno romântico, daquele tipo já cantado, que ainda oferece flores (rosas).  Um inveterado romântico!


19 – Com que personagem, famoso ou não famoso, gostarias de parecer-te?
Com o “Homem Bicentenário”,
o robô chamado Andrew (Robin Williams), em sua constante busca pela humanização.

20 – O que prezas mais na Vida?

A dialogicidade, a simplicidade, a humildade, a amizade e a família.


21- Qual o sentimento predominante em seu coração nesse tempo atual?

Na verdade são dois, bem atrelados: fé e esperança.


22- Como você se vê na velhice?

Sonho poder alcançar a velhice curtindo os netos, a família, numa casa de campo, bem próxima a um rio. Adoro pescar e quero ensiná-los. Não quero muito, além disso.

E agora  preciso acrescentar uma pergunta à lista para que ela possa seguir. Eis aí:

23- Qual é a sua receita para uma boa risada?

É só visitar o Caminhar e Ruminar, toda quinta-feira, que é dia de humor por aqui.Tem sempre uma boa piada para despertar sorrisos.


Para continuar a brincadeira, preciso indicar cinco blogs amigos. Eis então os meus indicados, sempre lembrando que fiquem à vontade para acolher ou não a brincadeira:


sábado, 23 de outubro de 2010

Uma só vez...


Imagens que falam (I)


Uma só vez, que errar, poderá desencadear um labirinto de dores e lágrimas, sem que saiba o quanto e a quantos...

Uma só vez, que faltar com a verdade, poderá macular a dignidade de outrem, sem que perceba a mancha imunda, a nódoa deixada...

Uma só vez, que burlar a ética, poderá igualar-se aos alcoviteiros, sem que se dê conta do covil onde transita, ainda que temporariamente...

Uma só vez, que imolar a paz do outro, poderá quebrantar-lhe o silêncio interior, sem que possa, mais tarde, retomar e invocar o seu próprio autorrespeito...

Uma só vez, que oferecer deslealdade, poderá provocar o maior tropeço de quem caminha ao lado, sem que sinta a dor da ferida exposta e nem perceba o andar trôpego de quem ruma o mesmo caminho...

Uma só vez, que permitir ao próprio coração petrificar-se, sem que recupere logo a temperança, então o perdão e a compaixão serão despejados e a abstenção de ferir não lhe será mais permitida!

E, preste bastante atenção! Uma só vez que encontrar-se perdido de si mesmo e receber amparo, é porque Deus ouviu seus lânguidos gritos, já sufocados nos desencontros intermináveis e elegeu seres sem cores, sem faces e sem formas prediletas ou viçosas, para ancorarem suas utopias e buscas. Você tem a permissão de guardá-los no peito e chamá-los de amigos. Aproveite os passos!

Essas são as minhas falas. Resultam do que dou conta de enxergar, hoje, aqui e agora, nesse instante.

Nessa série de imagens (serão seis), o propósito é que elas falem a cada um, conforme os olhares que cada um puder e quiser emprestar...

Então, fique à vontade para olhá-las do seu jeito, como quiser...

Fraterno abraço!



Imagem: desconheço os direitos autorais. 
Ela foi escaneada de um quadro encontrado "num armário de escola", sem maiores informações.
Se alguém souber a origem, por favor, me comunique! 
Gostaria muito de dar créditos ao autor ou autora, pela relevância e significado da obra.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Imagens e Humor IV

 Quintas de Humor

Honestidade a qualquer custo e outras!


1- Mais explícito e indigesto impossível!Mas será verdade?


2- Convite inusitado: assalto diurno!

3- Cearense destemido, vixi bichim!

4- Vai "têsse" quem compra?!

5- Longe do meu nariz! Por favor!

6- Provocação!

7-  Desespero comercial

8- Exemplo de companheirismo!

9- Custo x Benefício

10- Sopa indigesta

11-Riscos desnecessários

12- Luxúria




Uma boa quinta-feira a todos!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O Erro de Cada Dia

"Escrito na Areia", de Nuno Chaves



O ERRO DE CADA DIA
               Cassiano Ricardo Leite


O homem da lei decreta
que não haja mais fome,
que não haja mais frio,
que sejamos irmãos,
uns dos outros
Datilograficamente.

Nada mais angélico do que a sua íntima convicção
de que dirige o acontecimento.

No outro dia decreta
que não haja mais sede,
que não haja mais crime,
que me queiras bem.
Que é isto o que quer dizer
amai-vos uns aos outros.

Mas o seu decreto
é escrito sobre areia,
no papel, na onda,
na asa da borboleta,
no teu coração - enigma
que não se comove.

E o mundo continua
pagando o mesmo erro, o mesmo
da manhã imemorial.
E há dores ilegais,
E há lágrimas ilegíveis,
E há principalmente,

o teu coração enigma
que não se comove.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Dois presentes, duas jóias raras...

"Jóias da Natureza", de Roberto Gallacci

Ganhei dois novos presentes, na última semana. O primeiro deles foi oferecido pela Ester, do Uni Ver sos e o outro pela Rosália, do Espiritual-Idade.


O carinho da Ester é, como o próprio selo explicita, acolhedor! Pessoas juntas, num aconchego de amizade, numa mesma voz, uma ao lado de outra, significando união e pertença e, por isso mesmo o convite: "Somos mais fortes unidos"!

Obrigado Ester! Meu permanente carinho a você!



O presente da Rosália é um selo comemorativo pelas 30.000 visitas recebidas no Espiritual-Idade.

Rosélia é uma mulher de fé inabalável, de uma religiosidade que faz questão de propagar e partilhar, sem quaisquer reservas.  E o selo reflete bem essa fé no Cristo, essa luz que faz espalhar, como se em permanente oração!


Obrigado Rosélia! Meu permanente carinho a você também!


Vocês duas são tesouros encontrados na estrada, desses que fazem enriquecer a alma, o caráter e o ser! Agradeço-lhes pelo meu constante aprender! Meu carinhoso abraço às duas jóias que sabem tecer a pertença, feito a teia da natureza, que recebe a chuva e faz refletir luz, mostrando como os laços se entrelaçam numa beleza sem igual! Exprimem vida!

sábado, 16 de outubro de 2010

Partidas e Chegadas!



É uma grande alegria receber o primeiro selinho do Rumo à Escrita, oferecido pela Déia, um raro tesouro encontrado na caminhada. Visite e conheça o Rumo à Escrita, tenho absoluta certeza de que será tomado por um encantamento sem igual.

O selo “Partidas e chegadas... O que faz você feliz?”  tem regras bem simples:
1 - Copie e cole o selinho na sua postagem;
2 - Conte-nos o que lhe faz feliz, entre partidas e chegadas, simples assim!; 
3 - Conte quem lhe presenteou, se possível adicionando o link para o blog;
4 - Indique ao menos 5 blogs para receberem o carinho e avise-os, para que eles possam continuar a brincadeira. Podem ser mais, claro, o importante é provocar a ideia naqueles que lhe visitam!
5 - Volte aqui e avise se já está participando, nesse mesmo post.

Eu convido os seguintes blogs a continuarem a brincadeira, lembrando sempre que fiquem à vontade, sem constrangimentos, para acolherem ou recusarem:


Agora é dizer sobre  partidas e chegadas... 

Opto então por pensar “partidas e chegadas” enquanto processos evolutivos do ser, enquanto instâncias de refazimento de si e de criação das novas metas, em constante processo "espiralado" de reconstrução.

Essa evolução, por todos experimentada, talvez com ponto de partida bem delineado, mas sem ponto final ou de chegada definido, por conta também das involuções sofridas, é a trajetória natural de cada ser humano.

A falta do ponto final nos remete à estrada sem fim, à amplidão do rumo, onde o horizonte é tingido, aos nossos olhos, por cores de nevoeiro, poeira, chuvas torrenciais, escuridão, reflexos de luzes, enfim, são metáforas dos desafios a ultrapassar, das curvas montanhosas a sobreporem declives e aclives acentuados, e tudo isso nas desconhecidas formas e condições de prosseguir os passos.

Evolui-se entre tantas chegadas e tantas partidas, por vezes concomitantes. Alguns param na chegada. Outros não querem mais a partida. Alguns se aquietam nos pontos de descanso da estrada e não se pode dizer que são menos felizes por isso. São escolhas. Optou-se por permanecer naquele lugar, independente das limitações impostas. É que nem todos tem a aptidão para explorar outros caminhos, a alma não é expedicionária e nela não mora a curiosidade, nem tampouco a ousadia.

Outros são afoitos nas partidas. Não saboreiam a chegada. Não permitem que os olhos descansem, por segundos sequer, nas novas paragens. Não apreendem, portanto não aprendem. O pensamento intuitivo ignora o convite reflexivo. Etapas são puladas. Esses também não são menos felizes por isso!

Outros ainda enamoram-se das chegadas, tecem laços emotivos para além do tempo permitido. Acomodam-se na intensificação do sabor experimentado. Lambuzam-se, em demasia. Adormecem nos braços convidativos da suposta felicidade que não reclama reforço, cuidados ou sonhos. E também não são menos felizes por isso!

Há então os que titubeiam ante as escolhas de partir ou de chegar. Há medo de partir, pois não se quer abrir mão do que já tem. Há medo de chegar, pois o enfrentamento do desafiador “novo e desconhecido” desestabiliza a autonomia.  Incertos dos passos e dos rumos, acolhem os ditames de outros viajantes, muitos desses oriundos de lugares inóspitos e inabitados por almas humanas. Incautos, sobrevivem à sombra de si mesmos, desconhecendo dores aguçadas e sorrisos engrandecidos, por isso respiram involução, num edema pulmonar prestes a subtrair-lhes a vida. Esses sim, são menos felizes por isso!

Ser feliz então, entre partidas e chegadas ou entre chegadas e partidas, é a capacidade de seguir adiante, com a humilde consciência do aprender a aprender e do aprender a ser; do refazer-se, do desconstruir e reconstruir-se, em permanente estado de alerta. É insistir nos passos, ir com as mãos vazias e límpidas, dando sacudidelas nos entulhos não recicláveis, revigorando-se e lançando fora o que já não serve mais. Seguir evoluindo, não desconhecer as involuções, mas jamais fugir das escolhas.

E, se preciso for, vale o “metamorfoseio” ambulante, já cantado por Raul: “... prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Sobre o que é o amor, sobre o que eu nem sei quem sou...”

E você!?






sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ser Professor



Datas Especiais
SER PROFESSOR
Prof. André Moniz 

"Ser professor é arriscar-se ao desafio do não saber, enquanto passeia pelo aprendido que reelabora ao ensinar.

É esbarrar nos limites da própria ignorância e transmitir segurança aos novos companheiros no caminho do desconhecido.

É apaixonar-se pelo desvendar, pela desilusão e iluminar os buracos na estrada pelos registros do passado e vislumbres do futuro.

É esclarecer e, ao mesmo tempo, cultivar a dúvida.

É permitir o sonho das hipóteses em sua ambivalência criativa.

É sorrir, é maravilhar-se com o crescimento do outro que expressa a espontaneidade autêntica do despertar para novos horizontes.

É facultar a ousadia ao mediar o conhecer.

É dom, é vocação, é talento. 

É experiência, opção e prática.

É ser caminho para as opções que se transformam e multiplicam a cada novo passo."
  • O Prof. André Moniz é Mestre em Psicologia, Doutor em Psicologia pela UnB, professor das faculdades UNIP e IESGO, em Brasília-DF. É exemplo de competência, comprometimento e lealdade. Tenho muito orgulho e muita honra  pela oportunidade que tive de partilhar, com ele, a gestão da Faculdade Cenecista de Brasília, no período de 2003 a 2007. E mais ainda! É a minha mais inteira referência de humanização das relações! Aprendi muito!



 Meu carinhoso abraço a tantos e tantos mestres que se entregam, instante após instante, à arte de ensinar-aprender e aprender-ensinar!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Advertências...

Foto: "Pare... Escute... Olhe...", de Graciete Bernardo

 Outros Autores
ADVERTÊNCIA
          Paulo Bonfim


"Ai daqueles que brincam com a esperança de um povo!

Ai daqueles que se banqueteiam junto a fome de seus irmãos!

Ai daqueles que são fúteis numa hora grave, indiferentes num momento definitivo!

Ai daqueles que corrompem para tirar proveito da corrupção, que envenenam o mundo pela volúpia de caminhar impunemente entre ruínas!

Ai daqueles que fazem da mentira a verdade de suas vidas!

Ai daqueles que usam os simples como degraus de sua vaidade e instrumentos de sua ambição!

Ai daqueles que fabricam com a violência a trama do medo!

Ai daqueles que roubam do próximo a alegria de existir!

Ai daqueles que usam o dinheiro e o poder para prostituir, humilhar e deformar!

Ai daqueles que se atordoam para fugir das próprias responsabilidades!

Ai daqueles que traficam a terra de seus mortos, enxovalham tradições e traem compromissos com o presente e com o futuro!

Ai daqueles que se fazem de fracos no instante da tempestade!

Ai daqueles que se acomodam a tudo, que se resignam a tudo, que se entregam sem lutar!

Ai daqueles que loteiam seus corações, alugam suas consciências, transacionam com a honra, especulam com o bem, açambarcam a felicidade alheia e erguem virtudes falsas sobre pântanos!

Ai daqueles que concordam em morrer vivos!"

sábado, 9 de outubro de 2010

Resiliências

"Sombras", de Samuel



Quem já não se deparou, no embate consigo mesmo, ante extremismos de escolhas? E, porque uma vez machucado, visita-lhe com insistência a louca vontade de apartar-se de tudo e de todos...

Nessa “briga”, a "alma de avestruz" mergulha na vergonha, foge da vida, se esconde dos dias e das faces, quer manter-se incólume, intocável e inatingível. Oculta-se, esperando a adversidade desaparecer. E ela não cessa!

Experimenta-se a covardia com o indelével sabor de altivez ou perfeita conduta!

Guimarães Rosa diz que “o animal, satisfeito, dorme” e penso que, dormindo, vulnerável se torna. Isso quer dizer que quando se permite dormitar em si a indolência, a injustiça, a desesperança, o negativismo, o pessimismo, a empáfia e a intempestividade das emoções, então é porque se desaprendeu a reconhecer-se capaz de suplantar desencontros; desaprendeu-se o compasso das utopias e as crenças já estão prestes a desfalecer nos próximos passos na estrada, que se fez íngreme demais!

Com tanta intemperança dormitando, o “inimigo”, que morava lá fora, já aluga espaços, mobília e acomoda-se dentro. O mundo ao redor passa a ser visto pelos olhos do medo, da banalização de valores, da negação ao amor e da intolerância à compaixão.

Esses olhares, pequenas sementes de imundícies, são regados a sentimentos de dores extenuantes, de abandonos cruéis, de inverdades maltrapilhas e de “absolutização” de conceitos.

É a escuridão profunda que teceu raízes largas e  coloriu de um preto abismal o túnel da vida, fazendo ruir toda defesa, até quedar-se, de vez, prostrando-se num inconformismo estático.

Na lama da escuridão do túnel, os passos pesam, os tropeços machucam e a dor, lancinante, é vingada nos gritos estremecedores que ainda tentam acordar a maturidade da consciência.

Num espinho mais pontiagudo, plantado por sangue do próprio sangue, um grito ainda mais intenso e estarrecedor é lançado ao nada. Todavia, o eco ricocheteando em paredes de lodo fétido, impregnado de vermes de ontem, atiçam a sobriedade... Por fim, de tanta insistência, faz  respirar com dificuldade absurda.

Aos poucos se liberta de amarras de toda sorte, das sociais às pessoais, e os olhos já cismam abrirem-se. Os modelos mentais incrustados, enferrujados na escuridão, num choque de consciência do frágil inacabamento, mas ciente do necessário refazimento, permitem novos olhares, de um jeito diferente, às mesmas coisas de sempre. Outros cenários já são possíveis. “Certezas” já são contrariadas e, a compreensão, a partir de dentro, já reclama hipóteses novas, indagações novas, cores novas.

Já há luz na outra extremidade. Já há força nas pernas para sustentar os passos. A visão já tem maior alcance.

Nessa imersão profunda para dentro de si mesmo, acende-se um novo desafio, que é o enfrentamento do problema maior que a competência. E já se tem a clara consciência de que é permitido, e é preciso, aumentar a própria competência para que o enfrentamento debilite as causas e alcance êxito na solução.

As adversidades já não fazem surtar a “alma”. Aprende-se, ante extremismos de escolhas, a reconstruir-se, a refazer-se por conta das deformações impostas.

A esperança insiste existir. Os cenários futuristas descortinam a “amplidão” da estrada. Há caminhantes ladeando os passos, agora firmes e convictos, partilhando sorrisos, permitindo o calor das mãos, num irrecusável convite de mútua pertença!

E a resposta é sim!

É tempo de avançar!

Eu vou!