Imagens que falam (II)
A imagem de hoje é forte! É como um eco do provérbio chinês: “há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”.
Comentários “desagradáveis” também se vestem de subjetividade, ficando à “mercê” de nossa capacidade de absorção, ou ainda melhor, compreensão.
As distorções são normais, triviais até! Difícil é lidar com elas!
A Psicoterapeuta e Filósofa , Adriana Tanese Nogueira, do blog
Psicologia Dialética, discute a questão dos “
Maus, antipáticos e desagradáveis”, numa abordagem bem mais abrangente e sobre um outro viés, mas ainda assim, tomo emprestado dois “pedaços” de seus argumentos”.
“Ser acusados, na cara ou pelas costas, de sermos ‘maus, antipáticos e desagradáveis’ é algo que fere a autoestima de qualquer um, e tem o efeito de baixar nossa imunidade psicológica, tornando-nos alvos passivos de qualquer crítica, mesmo quando infundada. Essa experiência de rejeição explícita à nossa pessoa é como uma ferida aberta que facilmente se infecciona, debilitando-nos para reagir pronta e saudavelmente perante os acontecimentos da vida”.
“Quando as críticas externas são construtivas mas dolorosas, a rebelião interior frequentemente representa a tenacidade do ego encardido que não dá o braço a torcer. Mas se a crítica externa for baseada em estereótipos e estiver voltada para a criação e manutenção de um monopólio que nos exclui, a voz interna é o grito sagrado de justiça e liberdade. Se o recalcarmos, transformamos a crítica em cheque mate e permitimos estupidamente nossa derrota”.
Eu, particularmente, gosto do contraponto. Gosto de saber as outras versões e visões. Gosto da dialogicidade das diferenças. Então, reflexiva e empaticamente, proponho-me ao exercício do aprender a transigência. Dialogar com os limites aflorados.
Palavras ferem, é bem verdade! Machucam e dilaceram! Entretanto, em grande parte, talvez na maior parte das vezes, é porque encontraram no receptor algumas portas carcomidas pela fuligem, emperradas na autoestima e empobrecidas na madura consciência de si. Aí elas entram arrombando, fazendo um barulho ensurdecedor, sangrando fragilidades e cutucando, tantas vezes, a arrogância do revide frenético.
Então penso como Eleanor Roosevelt quando diz que "ninguém pode fazer você se sentir inferior sem o seu consentimento", pois é isso que palavras desagradáveis podem provocar quando alguns “senões” não dão plantão.
Por vezes nosso senso crítico se perde no desmensurado volume de informações e contra informações que se impõem ao nosso cotidiano. Acometidos de tal ilegitimidade, as palavras não guardam o cuidado necessário e não mantém intactos os valores humanos, antes conservados. É nossa humana propensão ao equívoco. Quem nunca precipitou palavras?!
Não há receitas nem dogmas. Entretanto, cabe sim o exercício de maturação de si, numa prática revisionista de posturas e compreensões. Por exemplo, é preciso aprender a eliminar os preconceitos morais, éticos e sociais, sem o que, não haverá a compreensão plena do sentido de liberdade. É preciso respeito ao ponto de vista do outro. E é preciso, dentre tantas e tantas atitudes saudáveis às relações interpessoais, valorizar sempre os aspectos positivos da natureza individual, sem com isso ameaçar a intimidade dos outros ou paternalisticamente encobrir os defeitos.
E, para concluir, dizem que há sempre três lados numa discussão: o seu, o meu e o lado de quem está certo. Aqui ainda cabem incontáveis argumentos. Um dos propósitos da imagem é mesmo esse inconcluso despertamento.
É vez do seu lado se pronunciar... Fique à vontade!
Imagem: desconheço os direitos autorais.
Ela foi escaneada de um quadro encontrado "num armário de escola", sem maiores informações.
Se alguém souber a origem, por favor, me comunique!
Gostaria muito de dar créditos ao autor ou autora, pela relevância e significado da obra.
Respeito...uma palavra facil de escrever, pronunciar e utilizar.
ResponderExcluirEsse seu post é maravilhoso Gilmar.
Beijossssssssssss
Ainda não inventaram analgésicos que curem a dor desse tipo de machucado... por isso mesmo a considero entre o top 10 das piores dores que carrego. "Sou muito sensível às palavras!!!" Jal Magalhães
ResponderExcluirÉ meu querido amigo, realmente palavras tem poder ... que saibamos usa-las sempre com respeito para com o outro.... pois todos merecem.
ResponderExcluirBeijos...
Valéria
Olá, Gilmar
ResponderExcluirA boca fala do que o coração está cheio...
Todos deveríamos refletir esse seu post.... suas palavras...
Tg 3 diz que a nossa boca pode bendizer ou amaldiçoar...
Que sempre possamos proferir palavras de conforto... alívio... pois é dando que se recebe...
Seja feliz e abençoado, meu irmão!!!
Abraços fraternos e votos de paz interior.
quem sabe um grande abraço entre as partes não os façam sorrir!
ResponderExcluirTenho um duplix,feito com o amigo Elcio espero que goste,doçuras e travessuras
Boas energias
Mari
Gilmar, excelente post. Acredito, sinceramente, que a discordância é extremamente benéfica, desde que feita com educação, respeito e carinho. A discordância acontecerá por diversas vezes, somos pessoas diferentes, com pontos de vitas diferentes, mas até para colocarmos o nosso diferente ponto de vista, o devemos fazer sempre com carinho. Afinal que é dono da verdade?
ResponderExcluirUm beijo
Gilmar, Hoje, mais do que nunca, esse texto causou muito ecos dentro de mim.Um beijo, Deia
ResponderExcluirCom certeza,as palavras são como facas que podem realmente ferir!Excelente texto!abraços,
ResponderExcluirOi Gilmar,
ResponderExcluirCom certeza as palavras surtem efeitos positivos e negativos, dependendo do que se pretende com elas. E nem sempre a conciliação é possível, após causar danos a outrém.
Beijos e boa semana,
Gostei Gilmar
ResponderExcluirPrecisamos ter cuidado com as palavras , não com as opiniões .
As palavras tem leveza e força , maltrata e acaricia.
Gosto delas e de quem sabe fazer bom uso.
grande abraço, obrigada pela singeleza sempre, de suas palavras.
Gilmar
ResponderExcluirAcho natural que cada um tenha a sua forma de pensar e agir.
Ela pode coincidir com a de uns ou ser contrário. Essa discordância é construtiva, válida e é onde se cria a competição, a concorrência, a criatividade e a busca para que cada um possa fazer prevalecer a sua opinião, mas isso tudo mantendo-se o respeito.
Beijos