sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

AOS FILHOS, O QUE POSSO...


Outros Autores
Eu lhe dei a vida,
mas não posso vivê-la por você.

Eu posso
mostrar-lhe caminhos,
mas não posso estar neles para liderar você.

Eu posso
levá-lo à igreja,
mas não posso fazer com que tenha fé.

Eu posso
mostrar-lhe a diferença entre o certo e o errado,
mas não posso sempre decidir por você.

Eu posso
comprar-lhe roupas bonitas,
mas não posso fazê-lo bonito por dentro.

Eu posso
dar-lhe conselho,
mas não posso segui-lo por você.

Eu posso
dar-lhe amor,
mas não posso impor a você.

Eu posso
ensiná-lo a compartilhar,
mas não posso fazê-lo generoso.

Eu posso
ensinar-lhe o respeito,
mas não posso forçá-lo a ser respeitoso.

Eu posso
aconselhá-lo sobre amigos,
mas não posso escolhê-los por você.

Eu posso
alertá-lo sobre sexo MADURO,
mas não posso mantê-lo puro.

Eu posso 
informá-lo sobre álcool e drogas,
mas não posso dizer "NÃO" por você.

Eu posso
falar-lhe sobre o sucesso,
mas não posso alcançá-lo por você.

Eu posso
ensiná-lo sobre a gentileza,
mas não posso forçá-lo a ser gentil.

Eu posso
orar por você,
mas não posso impor-lhe Deus.

Eu posso 
falar-lhe da vida,
mas não posso dar-lhe vida eterna.

Eu posso
dar-lhe amor incondicional,
por toda a minha existência.

E isso eu farei!!!

 SaintClair


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Trocadilhos I

Meus Rabiscos
Chorar o Leite Derramado
O arrependimento é implacável, quando a índole nutre-se de verdades e ética. A nossa humana propensão ao erro é fato, ocorre em razão das crenças cultivadas e nem sempre se revela mesquinha, má, vil. Ocorrem enganos, escorregadelas involuntárias quase, mas que ferem, que machucam.

A atitude a ser emprestada é, primeiro, o perdão a si mesmo. Saber reconhecer-se imperfeito e aprender na imperfeição a reconstruir-se melhor. Depois, é preciso humildade para o reparo exigido. Humildade significando "esvaziamento de si" , enquanto ausência de concepções prévias, de verdades intactas e absolutas. Significa a mais profunda e íntima manifestação de reconhecer-se na imperfeição, sua e do outro. É preciso ir em busca disso. É preciso não estagnar-se, em si mesmo, ou encismesmar-se na arrogância. Percorrer, solitário, o vale das lamentações em nada contribuirá, em nada modificará o que posto está. Implica então em assumir, na totalidade, o seu próprio tamanho.
Encher Linguiça
As falas grandiloquentes nem sempre guardam coerência e nem sempre revelam verdades. Há máscaras que falseiam, apenas ajudam na performance das interpretações fantasiosas e equivocadas no palco da vida. Não é difícil lidar com "falas" dessa natureza, se externas a cada um. Difícil é lidar com esses "textos" construidos prá dentro, digeridos no confuso exagero da autoestima, em verdade autosuficiência. É quando o vazio existencial se torna um lugar lúgubre, tenebroso, solitariamente assustador. Quanto mais se tenta alcançar a aceitação, a reputação ou a glória, tanto mais de "nada" o vazio se encherá.

A atitude, primeira, é a da paciência consigo mesmo. Dosar a ansiedade da fala, dos gestos ou das fanfarrices. Depois, é exercer a tolerância em relação ao que partilha. É preciso esforço para compreender as vicissitudes e idiossincrasias no círculo de relações. Mais uma vez as imperfeições se revelam carentes. A empatia, tão árdua na aplicação, merece ser visitada e concedida. Os exercícios de descoberta, na aventura da reinvenção de si mesmo, passam a ser o programa predileto na dimensão humana. Embrenhar-se na selva das contradições, dos pesadelos do ser e das incompletudes desnorteantes, permitirá revisar-se por inteiro e alocar outros signficantes no espaço não mais vazio. Em processo.
Engolir Sapo
Atire a primeira pedra aquele que nunca se "explodiu" de contrariedade. E reprimi-la é o pior dos remédios. Não há coração que aguente e nem estômago que resista. Por vezes o insulto, a humilhação, o sarcasmo, o escárnio, o mandonismo exacerbado, a prepotência, o jogo de poder, enfim, inúmeras situações nos retiram dos trilhos e sem pestanejar, já desferimos respostas que agigantam o estrago. Ou então, vem a acomodação, e os sapos passam a ser digeridos na constância da passividade. O organismo se acostuma a não mais vomitá-los e a não mais expelí-los. As escolhas impõem riscos de toda sorte.

A atitude a ser proposta é a da resistência consciente, da dignidade que não se vende, da firmeza de propósitos edificados na ética. Ainda assim, quando preciso, dar a face à bofetada é um ensinamento a não ser esquecido. A ignorância, se revidada, vira lugar comum, que não mais diferencia, não mais distingue. A resignação é o exercício da bondade, e muitas vezes da caridade. Entretanto, hostilizar a prepotência ou solapar a si mesmo, ante o enfrentamento da injustiça ou opressão, só fazem imperar o caos que sustenta o egocentrismo humano.  Hora de arrefecer os ânimos, recobrar a calmaria, concentrar-se na exuberância que reside em si mesmo e tratar, com serenidade, os descompassos.
Pagar o Pato
Responder por ações ou irresponsabilidades de outros é sofrer consequências dolorosas e incabíveis. Quantas e quantas vezes somos vitimados por "senhores do poder" que corrompem, se enriquecem nas masmorras da miserabilidade do povo e ao mesmo povo retornam com retórica afiada, a rir de tamanha e esquálida benevolência. "Senhores" que não aparecem nem na  "Voz do Brasil", mas que se infiltram nos porões do poder e com astúcia vilipendiam a boa fé. Por fim, vencem instituições já falidas, escamoteiam projetos reclamados, zombam da dignidade e fazem triunfar nulidades. E cada um paga o preço da distância que permitiu abrir.

A atitude não é outra senão indignar-se, na prática. Não é outra, senão gritar basta. Não é outra, senão fazer valer a cidadania e expelir, da democracia, esses intragáveis gatunos bem vestidos na mordomia do poder. É preciso repudiar o cabresto, jogar ao chão a sela imposta e extirpar, vez por todas,  as viseiras que retiram a vida da visão sistêmica e integral da realidade. Se a ausência de educação, e a criticidade por ela despertada, é apontada como responsável pelo cenário, então já é tempo de ressuscitar, em cada um, o cidadão que não se deixa enganar, não aceita o "arreio" e não tolera mais a rédea, para então propagar uma nova ordem, uma nova possibilidade, ou quem sabe até uma nova utopia. Importa que não se cale. Que não se submeta ao jugo. Que não se deixe corromper.
Fotos: google 
Publicado originalmente em 04 de julho de 2010

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Os Sons da Floresta

Metáfora
Sons da floresta



No século III d.C., o rei Ts'ao mandou seu filho, o príncipe T'ai, ir estudar no templo com o grande mestre Pan Kau. O objetivo era preparar o príncipe, que iria suceder ao pai no trono, para ser um grande administrador. Quando o príncipe chegou ao templo, o mestre Pan Kau logo o mandou, sozinho, à floresta de Ming-Li. Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever os sons da floresta. Passado o prazo, T'ai retornou e Pan Kau lhe pediu para descrever os sons de tudo aquilo que tinha conseguido ouvir.

"Mestre", disse o príncipe, "pude ouvir o canto dos cucos, o roçar das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo suavemente na grama, o zumbido das abelhas e o barulho do vento cortando os céus". 

Quando T'ai terminou, o mestre mandou-o de volta à floresta para ouvir tudo o mais que fosse possível. T'ai ficou intrigado com a ordem do mestre. Ele já não tinha distinguido cada som da floresta?

Por longos dias e noites o príncipe se sentou sozinho na floresta, ouvindo, ouvindo. Mas não conseguiu distinguir nada de novo além daqueles sons já mencionados ao mestre Pan Kau. Então, certa manhã, sentado entre as árvores da floresta, começou a discernir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes. Quanto mais atenção prestava, mais claros os sons se tornavam. Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz. "Esses devem ser os sons que o mestre queria que eu ouvisse'', pensou. Sem pressa, o príncipe passou horas ali, ouvindo e ouvindo, pacientemente. Queria ter a certeza de que estava no caminho certo.

Quando T'ai retornou ao templo, o mestre lhe perguntou o que mais ele tinha conseguido ouvir. 

''Mestre'', respondeu reverentemente o príncipe, ''quando prestei mais atenção, pude ouvir o inaudível – o som das flores se abrindo, do sol aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da manhã". 

O mestre acenou com a cabeça em sinal de aprovação. "Ouvir o inaudível é ter a disciplina necessária para se tornar um grande administrador", observou Pan Kau. "Apenas quando se aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, os medos não confessados e as queixas silenciosas, um administrador pode inspirar confiança a seu povo, entender o que está errado e atender às reais necessidades dos cidadãos. A morte de um país começa quando os líderes ouvem apenas as palavras pronunciadas pela boca, sem mergulhar a fundo na alma das pessoas para ouvir seus sentimentos, desejos e opiniões reais."

domingo, 18 de janeiro de 2015

Assalto "gauchês"



 
Humor

Um ladrão, mal encarado, entra num banco em uma cidadezinha do Rio Grande do Sul, com um 38 em punho, e exige que o caixa lhe passe toda a grana. O caixa, se borrando todo, entrega o dinheiro. Na saída, o ladrão olha para um cliente e pergunta:

- Se tu é macho me responde: tu me viu roubar este banco?

Ao que ele responde:

- Sim, eu vi!!!

 O ladrão atira nele sem piedade. Logo em seguida, volta-se para outro cliente, que está de bombacha, parado ao lado de uma senhora, e faz a mesma pergunta:

- Vivente... tu me viu roubar este banco?

- Mas bah tchê! Eu estava aqui meio que distraído e não vi nada não, mas a minha sogra aqui viu!!! Ela garante que viu tudinho!!!!