segunda-feira, 28 de março de 2016

Mas Aí Os Ratos Apareceram...




 Metáfora
Ao partir para uma longa viagem, o superior do mosteiro deu aos monges a seguinte recomendação:

- Cuidem do nosso mosteiro com carinho e austeridade, lembrando-se sempre de levar uma vida simples, respeitando o nosso voto de ter apenas o necessário para a nossa subsistência.

Dentro desse espírito de pobreza, cada monge possuía nada mais do que uma túnica e um par de sandálias.

Nem bem o superior havia partido e o mosteiro foi atacado por uma praga de ratos vorazes, que roíam tudo que encontravam pela frente, não lhes escapando sequer as túnicas e as sandálias, únicas posses dos pobres monges.

- Precisamos arranjar uns gatos! Foi o que disse um dos monges, obtendo imediatamente a aprovação de todos para a sua ideia.

Os gatos estavam vencendo os ratos, mas tomavam muito leite. Assim, um dos monges sugeriu:
- Seria muito bom se tivéssemos uma vaca... 

 E novamente todos concordaram com a ideia.

A vaca fornecia leite com abundância para os gatos, mas também precisava comer. Por isso os monges resolveram formar um pasto, que para ser plantado e mantido precisou de adubo e ferramentas, que eles providenciaram junto com um paiol que tiveram de construir para armazenar as colheitas e um estábulo para os cavalos que tiveram que arranjar para puxar os arados e fazer os transportes...

Passaram-se longos anos e um dia, o superior voltou. No local onde julgava estar o mosteiro, pareceu-lhe ser agora uma próspera fazenda, com um vasto rebanho e muitas plantações.

O superior aproximou-se da cerca e perguntou a alguém que estava por ali trabalhando se ele sabia onde ficava o mosteiro. Ele disse que não sabia do que se tratava, mas ofereceu-se para conduzi-lo até a administração da fazenda, onde certamente poderiam lhe dar alguma informação.

Ao chegar à imponente construção onde funcionava a sede da fazenda, o superior imediatamente reconheceu um dos seus antigos monges e foi logo dizendo:

- Mas o que vem a ser isso tudo? O que foi que vocês fizeram do nosso mosteiro? Eu não lhes recomendei que levassem uma vida simples e sem ostentação, tendo apenas o necessário para a sua subsistência?

- Sim...mestre, sim, e era exatamente isso que estávamos fazendo. Mas aí os ratos apareceram...
Geraldo Eustáquio de Souza 

terça-feira, 22 de março de 2016

Confusões da "Esperteza"


Humor

Falando demais
 
O garoto de 15 anos chega na farmácia e pede uma camisinha. O farmacêutico olha para o rapaz com um olhar surpreso.

É que eu vou jantar na casa da minha namorada e  nunca se sabe... de repente, pode rolar um clima...

O farmacêutico entrega o preservativo para o rapaz,  este paga e vai embora. Cinco minutos depois está de volta e pede outra camisinha:

Lembrei-me que a prima da minha namorada também vai estar lá... e ela é muito gostosa! Talvez ela se interesse por mim... só por precaução acho melhor levar mais uma!

O rapaz embolsa a segunda camisinha, paga e vai embora. Logo depois está de volta:

Sabe, moço! Eu estive pensando e acho que seria melhor eu levar mais uma,  só por precaução. Eu ouvi dizer que a mãe dela é tarada por rapazes novos e,  quem sabe,  ela também se interesse por mim.

À noite,  no jantar com a namorada,  a família toda reunida a mesa,  o rapaz permanece o tempo inteiro no mais absoluto silêncio. No final do jantar,   a menina se vira para o rapaz e cochicha:

Puxa! Você não falou uma palavra! Não sabia que você era tão tímido!

É... Eu também não sabia que o seu pai era farmacêutico!!!
 









Executar não é tudo

Um jovem executivo estava saindo do escritório quando ele vê o presidente da empresa em frente à máquina de picotar papéis com um documento na mão. Percebeu logo que estava confuso e querendo fazer a máquina funcionar. Assim que passa perto, para e é abordado:

Por favor, isto é muito importante e minha secretária já saiu. Você sabe como funciona esta máquina? 

Lógico! 

Nem pestanejou o jovem executivo e querendo marcar ponto, foi logo acudindo sem fazer qualquer outra pergunta. Ele tira o papel das mãos do presidente, liga a máquina, enfia o documento e aperta um botão. 

Excelente! Muito obrigado! Eu preciso só de uma cópia. Onde sai??

terça-feira, 15 de março de 2016

Construir Pontes...



Outros Autores


Manual básico para construção de pontes. 

Introdução : Com imenso prazer publico aqui esse breve manual. Destina-se àqueles que buscam adquirir noções elementares nesse processo laborioso. Minha intenção é servir de guia, contando, sempre, com o bom senso do meu leitor. 

Observação: Ao longo desse manual, não perca de foco a necessidade inexorável de prestar igual atenção a todas as etapas da construção, sob risco de, ignorando-se alguma, prejudicar a conclusão do projeto. Boa leitura! 

Etapa 1: Definindo o terreno:
O primeiro momento requer uma reflexão demorada: que caminhos pretende-se unir com essa construção? Para simplificarmos aqui, daremos alguns exemplos: podemos unir amigos, amores ou mesmo ideais. Caminhos definidos, parte-se para o estudo das margens. Há em ambas as margens bases sólidas para a construção de uma ponte? O rio que as separa está frequentemente tranquilo ou sofre alterações nas horas menos esperadas? Nessa etapa, geralmente, decide-se pela sequência, ou não, da obra (a autora reconhece que, repetidas vezes, os engenheiros fazem de conta que não notam que a construção é inviável e arriscam a queda da ponte. Se esse é o se caso, bem vindo a bordo!).

Etapa 2: Identificando os usuários:
Consideremos que, essencialmente, os seguintes transeuntes utilizarão frequentemente a nova edificação: a amizade, o respeito, a admiração, o carinho e, o mais importante, o amor. 

Etapa 3: Selecionando os materiais:
Serão necessárias fundações firmes que suportem as brigas e mal entendidos que possam ocorrer em ambas as margens. Adicione ladrilhos coloridos (nota da autora: dê preferência aos hidráulicos, parecem tapetes!) para que a travessia seja a mais alegre possível. Use cobertura de alumínio e vidro para que a amizade veja sempre o azul do céu mas que também proteja a admiração e o respeito das eventuais chuvas, que podem murcha-los e fazê-los definhar.

O guarda-corpo deve ser construido com material resistente ao tempo, pois pontes assim são feitas para durar toda a vida. Não se pode arriscar que a deteriorização permita que o carinho e o amor sofram qualquer tipo de acidente. 

Etapa 4: Executando a obra:
Respire. Até o presente momento muitas considerações foram feitas. Sabe-se quem se deseja unir, quais sentimentos cruzarão sobre a ponte livremente e que tipo de construção será a mais apta a cuidar desse tesouro. 

Não percebeu? Sua ponte esta pronta!

Agora, só é preciso marcar um encontro, bem gostoso, em sua parte mais alta e observar, bem acompanhado, o doce correr do rio que passa logo ali embaixo. Bom proveito! Ate a próxima!

                                                                                                                     Andréa Tolda