sábado, 28 de maio de 2011

Baú dos Caminheiros: Vazio!

Baú dos Caminheiros: Majoli





















Perdida nos atalhos do pensamento
Nas esquinas de meus sentimentos
Vou vivendo sem eira
À procura de uma beira

Inalo o vazio
Sinto frio

E na distância do nosso tempo
No longo espaço que separa nossos corpos
Na escuridão que invade meu quarto
No frenesi de gostar-te tanto assim
Vivo o vazio de não ter-te junto à mim

 Postado em 07 de julho de 2009 no Rabiscos da Alma


Talvez a sinonimia de Majoli indicasse Poetrix, Letrix,  Estrofes, Versos... Sim, tudo isso,  mas o Acróstico talvez fosse a sinonímia mais perfeita para “tentar” traduzir um pouco dessa mulher paulista de fibra e de tanta entrega à vida!


O gostoso de publicar o Baú dos Caminheiros é a silenciosa leitura das falas traçadas ao longo do tempo, revelando nuances de cada autor, mudanças, trajetórias, cenários... enfim, um pouquinho da alma blogueira. Do Baú da Majoli, por exemplo, gosto muito de dois outros poemas: Êxtase de maio/2009  e o outro é Volúpia, de agosto/2009. Penso que se parecem comigo, de alguma forma... (rsrsrs). Entretanto, a escolha sempre remete a algo mais... E, desta vez também não foi diferente. Escolhi “Vazio”, publicado em Julho de 2009.


Gosto especialmente das metáforas de “atalhos de pensamentos”,  “esquinas dos sentimentos” , “inalar o vazio” e, por fim, esbater-se no frio. O texto, uma vez apossado, ganha outros contornos, outras cores, mistura-se às entranhas, resignificando olhares e redesenhando horizontes...


Poderia falar muito de Majoli, inclusive de nossa trajetória de reencontros, mas hoje o espaço é dela. Melhor deixar que cada um descubra um pouco mais dessa poetisa maravilhosa e dessa mulher que inspira e faz crer no amor. Eu não tenho dúvida alguma de como cada um será tomado por puro encantamento! Aproveite o Rabiscos da Alma!

14 comentários:

  1. inalo o vazio, sinto o frio.
    e estes me doem.

    #FATO

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  2. Poetas, homens da arte em geral.
    Foram e sempre serão como uma ponte
    Entre o imaginário antigo e o real presente.
    Como bons feiticeiros trazem
    Ás almas insatisfeitas como que uma porção mágica
    Que causa um breve delírio voluptuoso
    Um extasiar fugaz, que alivia os ais,
    Dos inconformados com a realidade contemporânea.
    Todavia seu ungüento não dura mais que alguns instantes
    Seu efeito curador se converte em um maior pesar
    Maior que a dor atroz do passado.
    Portanto, dou um conselho aos amantes das belas artes.
    Não dêem ouvidos aos artistas do presente
    Sejam vocês mesmos uma ponte e o viajante
    Para ir ao mundo da pura arte...
    Vão ao encontro do elixir da eterna melancolia
    Na fonte, na sua origem, onde jorra com perfeição,
    Tanto o bem, quanto o mal dos seus sublimes criadores.

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  3. Oi Gilmar
    Que escolha delicada e bela com a Majoli.
    Os poemas dela são intensos, outros nostálgicos e todos de muita entrega , muita doação.
    Aproveiro sim todo o transbordar de Alma que ela tão generosamente Rabisca no seu excelente espaço.
    Está sempre de Parabéns Gilmar
    As vezes demoro vir e quando venho sinto-me muito bem acolhido.
    Obrigada por saber receber com preciosidades.
    abraços

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  4. Realmente lindo esse poema da Majoli, e a sua crítica também foi maravilhosa. Parabéns aos dois!

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  5. Quando o carinho nos chega, de forma inesperada e vem nos aquecer a alma e o coração, que em momentos de tribulação andam a vagar; é sentir o horizonte se abrir e ver no final do túnel uma luz a brilhar.
    Gilmar, o momento foi exato, foi quando eu mais precisava ser carinhada.
    As palavras de referência a minha pessoa, me causaram lágrimas, mas de alegria indescritível.
    Como agradecer?
    Como conseguir, através de palavras, dizer-te o quão isso tudo me fez bem?

    Gilmar, amigo querido
    Imagine em mim, um doce sorriso
    Leve contigo meu agradecer
    Me levastes ao paraíso
    Abraço-te com ternura
    Receba um beijo na face, com candura

    Um acróstico, de última hora, singelo como tudo que rabiscos, mas de ♥ pra ♥

    Deus lhe abençoe!

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  6. NÃO O CONHEÇO...,
    CHEGO AQUI VIA CASA DA MINHA AMIGA MAJOLI, E SÓ POR ISSO JÁ GOSTO DE VOCÊ, LINDO O POEMA DA MAJOLI.
    JÁ LÁ VAI MAIS DE DOIS ANOS, QUE TENHO CAMINHADO COM MAJOLI, E ELA MERECE TUDO DE BOM, MAS MESMO TUDO DE BOM!!!

    MUITO OBRIGADO PELA ALEGRÍA QUE DEU Á MAJOLI, BEM AJA.

    DOCE ABRAÇO

    MARIA M.GALVÃO.

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  7. Fiz menção ao seu post, lá no Rabiscos, em forma de agradecimento.
    Obrigada novamente, de todo meu ♥

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  8. Bela homenagem meu amigo...os poemas de sua amiga Majoli, são de uma beleza unica...
    Beijos e boa semana aos dois...
    Valéria

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  9. OI Gilmar como você está? Espero que bem. Obrigada por nos presentear com tão bela poesia e parabéns a Majoli.
    Um beijo

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  10. Oi Gilmar!! Uma delícia encontrar aqui palavras que me são tão familiares e que tanto aprecio! Excelente escolha esse texto da nossa amiga Majoli! E como você está? Há muito tempo não nos falamos - espero que tudo esteja bem!! COm carinho, Deia.

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  11. Gilmar, não conhecia seu espaço, cheguei pelos olhos da querida Majoli, ela é um presente que surgiu e sempre com poesias tão lindas, intensas, delicadas, uma mistura de emoções que ela deixa transbordar por meio de palavras que encantam... Um abraço, Su.

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  12. Que belo texto. Maj, to sempre contigo!

    bj

    Catia

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  13. Ola Gilmar,
    Que linda homenagem... Foi realmente um espaço merecedor.
    O poema tem uma forma que somente ela seria capaz de criar, impossivel imitar. Majoli para mim é uma pessoa imitavel e o seu coraçao é lindo demais.
    Coraçao carente e ao mesmo tempo quente!
    Eu gostei do seu espaço, vim aqui depois que visitei o blog de Majoli hoje...
    Um abraço

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  14. Oi amigo Gilmar!
    Adorei este post. Quanto a MANJOLI pois ela merece o seu relato sobre ela.
    Você o faz muito bem!

    Um grade abraço e boa semana.

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