Armário mesmo, não uma cômoda, pois há elementos que ali serão apenas colocados em cabides... ficarão suspensos ou por querermos analisá-los melhor ou pela praticidade de querermos os encontrar mais fácil...
Assim vamos colocando em nosso armário: gavetas das chatices, dos trabalhos, outra para as dificuldades ou quase impraticáveis, e essa é braba...
Nela cabem as tentativas que fizemos sem resultados para fazer pessoas que estão perto de nós crescerem na vida, querendo ajudar da melhor maneira, mostrando com exemplos, tentando abrir os olhos tantas e tantas vezes sem o menor êxito... apesar de termos vontade de conseguir realizar...
Há ainda as já fechadas, as semi-abertas, a das realizações, satisfações e alegrias, dos amores, a dos sonhos, dos problemas dos filhos, netos e assim vamos nós, formando, pela vida afora, nossas gavetas...
Algumas nunca mais abrimos.
Deixamos que fiquem emperradas, nem queremos abrí-las...
Outras se abrem involuntariamente. Quando vemos ,estão abertas...e seus conteúdos passeando diante de nós, de nossos olhos...
Assim vamos indo num eterno acondicionamento de ítens em nossas gavetas...
E todas serão então abertas e se mostrarão...
Valeu a pena ou não valeu? E os fatos, enquanto isso, desfilando em nossas memórias.
Que bom se todo o conteúdo de nossos armários nos desse prazer em reencontrar, revivendo com alegria cada fato ali mostrado.
Mas , lógico, nem sempre será assim...
Por isso, o melhor que temos a fazer é conseguir desde sempre, deixá-las organizadas de forma que sejam guardados os que valem a pena...os que nos acrescentaram na vida, os que mesmo tristes, como uma perda, podem nos lembrar com saudade de bons momentos e tempos vividos.
Pra que guardar lixo?
Pra que guardar ódios e tantos ressentimentos?
Eles se guardados, insistirão em passar num desfile provocativo, diante de nós, como se dissessem e ainda, bem desaforadamente colocassem a língua, como crianças rebeldes:
-Estão vendo? Quem se ralou foram vocês mesmo...
Vamos então tentar eliminar essas porcarias das gavetas e se já , por muita sorte, estiverem nas gavetas emperradas, ainda assim, vamos cadeá-las, perdendo a chave...
Essas, realmente não valem a pena se remexidas, apesar de terem feito parte do nosso armário...
Bom é apreciar o desfile dos sorrisos, das peripécias, peraltices que vivemos, fizemos ou assistimos...
E ainda bem, foram tantos!
Essa revisão vale a pena e nos faz ter vontade de deixá-los numa gavetinha bem especial, sempre bem perfumada e arejadinha ...
E um dia, quando a chave desse nosso armário passar para outros, que possam apenas encontrar boas coisas para lembrar de nós.
Assim, ainda que a madeira esteja velhinha e até carcumida por "cupins", eles nem serão lembrados...
Conseguirão retirar dali apenas o bom e o bem...e certamente, os colocarão em suas próprias gavetinhas...
Publicado originalmente numa terça-feira, dia 3 de novembro de 2009, lá no Coisinhas da Chica.
Como é dificil desfazer de nosso passado como é dificil desistir de coisas que em certas épocas foram muito importante paranós passei por isso quando tive que rever minhas prioridades e minhas bandeiras de lutas!
ResponderExcluirA lembrança de alguns fatos importa o esquecimento de outros. A memória deve ser seletiva.
ResponderExcluirUm bj querido amigo. Gostei do teu espaço, portanto, sigo-te.
Meu querido
ResponderExcluirHá sempre lembranças que ficam em nós para sempre, como sempre um lindo texto.
Deixo beijinhos com carinho
Sonhadora
Gilmar,
ResponderExcluirRealmente esse texto nos propõe reflexões que fatalmente sempre adiamos. mas o importante disso tudo é que o tempo da "faxina" um dia chega, seja por necessidade própria ou por uma força Superior que nos move. Assim a nossa comunhão com Deus transforma nossas vidas e a das pessoas que nos cercam.
Um grande abraço e que você tenha uma semana de muita paz
Gilmar, só posso te agradecer o carinho e gentileza. Uma honra estar por aqui nesse teu blog!
ResponderExcluirObrigado! abração,chica