quinta-feira, 27 de maio de 2010

A Mediocridade do Meio


Foto: Ian Britton

"Não Espere Pelo Epitáfio... Provocações Filosóficas", é um prazeroso livro de Mário Sérgio Cortella, que reune crônicas publicadas na Folha de São Paulo, entre 1994 e 2004. O livro foi publicado em 2005. Ainda assim, os argumentos são contemporâneos, atualizadíssimos.

Discutindo sobre o "caminho do meio" ou os riscos provocadores de transbordamentos, há trechos da crônica "Não espere pelo epitáfio", quatro parágrafos, que precisam ser reproduzidos, tamanha reflexão permitida.

"Ora, há dezenas de mitos, fábulas e histórias com a finalidade de exaltar a exclusividade e preferência do caminho do meio; o que não se deve esquecer é que esse caminho pode também ser o da mediocridade. Em nome da sobriedade, da prudência e do comedimento, o máximo que se obtém em muitas situações é a mornidade mediana, regrada e constantemente refreada".

O autor prossegue discutindo a questão da "mornidade", se é que podemos dizer assim, e a necessária e cabível compreensão do que é radicalismo e sectarismo. E continua nas provocações...

"É preciso ter limites, mas, estará o limite exatamente no meio? Não é necessário ir até os extremos, mas é essencial não ficar restrito ao confortável e letárgico centro; muitas vezes o meio pode ficar anódino, inodoro, insípido e incolor. Alguns desses desejos de romper fronteiras mornas só aparecem nos epitáfios, sempre em forma nostálgica e lamentadora de um 'eu devia ter...' Para além da mitologia grega, não é por acaso que outros Titãs têm sido tão festejados quando cantam de forma deliciosa e perturbadora (e muitos com eles): 'Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer; devia ter arriscado mais e até errado mais, ter feito o que eu queria fazer'...

A sabedoria para equilibrar essas inquietações pode ser encontrada na reflexão feita no século 5 a.C. pelo filósofo chinês Confúcio: 'Eu sei por que motivo o meio-termo não é seguido: o homem inteligente ultrapassa-o, o imbecil fica aquém'."

E ele conclui: "Radicalidade  é uma virtude; o vício está na superficialidade".

Por que eu quiz trazer esse texto à tona? É que, numa abordagem anterior (Mania de Pressa), eu discuti a questão do nosso ritmo frenético. A maneira como esse mundo globalizado está a exigir respostas rápidas. Mal conseguimos respirar em meio a passos atordoados. E a gente acaba se esquecendo de olhar coisas tão simples do cotidiano. Nossa leitura sofre o revés do óculos da pressa.E por meio dele criamos conceitos, concluimos, definimos atitudes. Eu continuo concordando com Antonio Porchia: "as pequenas coisas são o que é eterno, e o resto, todo o resto, é brevidade, extrema brevidade".

Já numa outra discussão (Sapo Escaldado), discuti a nossa intolerância às mudanças graduais, a forma como nos acostumamos e nos permitidos acomodar. O quão inertes ficamos ante as desacomodações necessárias. E o quando é imperioso o inconformismo consciente.

Mas então, o caminho certo é o do meio? Nem pressa e nem acomodação? Cortella entende que o meio pode ser mediocridade. O meio é medo de ousar. O meio é acomodação.

É um convite interessante esse, o da ousadia, dos transbordamentos. Contudo, somos seres tão imperfeitamente diferentes que tenho medo de verdades absolutas.

A "blogueira" Pri Sganzerla, do "Devaneios e Metamorfoses" fez um comentário extremamente relevante, acerca do "Sapo Escaldado":
"Só trazendo um testemunho: realmente não é nada fácil adotar essa postura. E nem sempre isso é uma escolha, tem gente que simplesmente 'nasce' assim. E enfrenta muitos percalços ao longo do caminho por ser 'diferente'. Difícil adaptar-se a um mundo que, a todo instante, insiste em te cozinhar vivo. Mas sucumbir não é uma opção pra mim. Porque eu sei que a dor de perder a si mesmo é bem maior do que a de lidar com a dificuldade de ser diferente".

Então, penso que o ponto é esse: a dor de perder a si mesmo...Se abdico da ponte que me liga a outros transbordamentos, então me perco.

Não dá prá fugir de uma simples verdade pedagógica: o ritmo e o tempo de aprendizagem é diferente em cada um. A transitoriedade dos atos que constróem qualquer sujeito, pode colocá-lo, em algumas circunstâncias, no meio. Não significa estacionar por ali. Permanecer inerte. Significa, isso sim, que há um tempo exigido para novas reconstruções do ser.E o simples fato de melhorar a minha compreensão de mundo, de reagir à acomodação, de impulsionar outros sonhos, por menor que seja, é um transbordamento, na respectiva medida de cada um.

Perder a si mesmo é não ter norte. Não saber o caminho. Não acreditar nas escolhas. É permitir-se ser subjugado. É não aprender a consciência de lugar, de cidadania. É por isso que ainda permaneço na dúvida, mesmo na concordância com Cortella.Contraditório, não? O meu meio é ancoradouro de reminiscências de aceitação? É estágio de transgressões? É ponto de parada e estacionamento? Ou é degrau que exige o próximo passo? É parte da construção que faço de mim mesmo ou são estereótipos que se acomplam à minha face? É abrigo de minhas ambiguidades e idiossincrasias ou é visão de futuro, metas e utopias de vida? É medo, paralisia e indolência ou é instância de reflexão e ação? É bem? É mal?

Propositadamente essa discussão permanecerá, aqui, inacabada. Devo permitir que se manifeste em cada um, conforme a visão de "estrada" que se constrói individualmente. E você? O que acha?

25 comentários:

  1. Boa noite, Gilmar!
    Pode participar, sim. Não precisa ser um texto inédito, desde que fale sobre uma foto.
    O prazo é até segunda-feira. Faça o seu post e depois nos avise, ta bom?
    Esperamos sua participação!

    Beijo grande!

    Sanzinha

    ResponderExcluir
  2. Olá amigo!

    Interessante texto reflexivo, porém
    difícil, pois entendo que filosofar
    de uma certa forma é mais fácil que
    viver e entender a experiência alheia,

    Ouvi repetidamente essa frase 'o equilíbrio está no meio',
    minhas convicções espirituais me levam a abortar essa idéia,
    o meio fala de mornidão,
    tudo que é morno é intragável,
    dá ânsia de vômito,
    cada um fala de si.

    "Não dá prá fugir de uma simples verdade pedagógica: o ritmo e o tempo de aprendizagem é diferente em cada um..."
    concordo e assino em baixo.
    abraço,

    ResponderExcluir
  3. Olá Gilmar...fique a vontade, pode ser o texto que quiser. O Espaço é Aberto e sua participação será bem vinda ok.
    Lendo esta sua postagem não posso deixar de destacar o trecho dos Titãs que muito me agrada ler e ouvir...
    Aguardamos sua presença junto a nossa interação e não esqueça de nos avisar para que faça parte do sorteio de um livro ok.
    Um abraço na alma...boa sexta pra você.
    Valeuuuu!!

    ResponderExcluir
  4. Oi Gilmar!
    Seja bem vindo meu conterrâneo!
    Não sei se alguém já o respondeu, mas deixamos livre a escolha do participante de como será a postagem dele, desde que seja algo que esteja dentro do tema que mencionamos.Podendo inclusive ser uma postagem de algo que já tenha sido feito em seu blog.
    Agradecemos a sua visita e que possamos criar laços!

    Um abraço carinhoso
    Tatiana Moreira

    ResponderExcluir
  5. Bom... Voltei ao seu blog dessa vez para ler e refletir sobre as palavras...
    Já faz algum tempo que assisti a um filme sobre Buda, no qual ele nos faz refletir sobre "o caminho do meio". Naquele tempo para mim surtiu um efeito benéfico, pois eu vivia querendo tudo para ontem... E consegui refletir e encontrar certa calma para processar as coisas dentro de mim. Na verdade eu mudei. Acho que realmente temos um tempo próprio e precisamos saber viver de forma a estarmos felizes com a forma que escolhemos vivenciar os nossos dias, a nossa profissão, as nossas relações.
    Acho que encontrar o caminho do meio é por aí... É saber fazer as escolhas que farão o nosso caminho ser mais tranquilo mesmo com todas as intempéries que possam surgir.

    Um abraço carinhoso

    ResponderExcluir
  6. Essa é uma reflexão interessante e me remeteu a várias coisas diferentes e embora esse espaço seja o de um comentário, eu sempre exagero um pouquinho no tamanho da escrita. Mas vamos lá! rs

    1) Só pra contextualizar: a minha escrita como blogueira é completamente dissociada da minha postura profissional. Embora pessoa e profissional não se dissociem na prática, existe uma diferença "teórica": quem aparece aqui escrevendo e quem bloga no "Devaneios" é a Priscila ser humano com seus questionamentos e não a Psicóloga que vai dar uma opinião profissional, fundamentada em teoria. Liberta dessa "amarra", sinto-me livre para prosseguir. rsrsrsr

    2) Adorei suas reflexões no penúltimo parágrafo e minha tendência é avaliar o caminho do meio como uma mistura de todos os ingredientes que você citou. Não porque ele seja uma miscelânia caótica. Mas porque sua análise dependeria de um contexto: QUEM o está vivenciando, em qual momento de vida e por quanto tempo essa pessoa permaneceria no caminho do meio.

    O caminho do meio é cômodo porque enquanto estamos nele temos identidade clara e não ameaçada, segurança, uma sensação de controle (ainda que isso seja falso) e passamos uma imagem de estabilidade com muito mais chance de sermos aceitos no meio social. Mas eu não tenho como deixar de entender esse caminho como TRANSITÓRIO. Porque se ele for permanente, na minha opinião, levaria sim à estagnação e à mediocridade.

    Entendo o movimento natural da vida como feito de aprendizagem constante, uma evolução gradual que não cessa. Pensando assim, me parece natural que de tempos em tempos aconteça "algo" que nos desorganize internamente, tirando-nos do caminho do meio e nos levando em direção às extremidades. E esse "algo" pode ser qualquer coisa: uma conversa, um livro, um desafio no trabalho, um insight, um acidente, uma nova união, a perda de alguém - qualquer coisa (desde as mais simples às mais complexas) pode ser motivo para desorganizar a estrutura anteriormente existente e nos obrigar a uma nova organização para nos adaptarmos às novas circunstâncias com as quais tomamos contato.

    3) E isso tudo me fez lembrar lá da teoria da construção do conhecimento proposta por Piaget. Ele coloca que a adaptação seria nossa tendência natural e que ela ocorreria através da organização realizada pelos esquemas que se modificam continuamente através dos processos de assimilação e acomodação, nos quais criam-se novos esquemas ou modificam-se os existentes.

    Utilizando esta idéia e pensando no aprendizado de maneira ampla, não há como pensar no caminho do meio de outra maneira que não seja uma fase, um momento de vida. Ele abriga nossas certezas e é dúvida em potencial. Nos mostra quem somos hoje e nos desafia em relação ao que ainda somos capazes. Mas não há como ficarmos estanques e plantarmos raízes nele. Porque nosso adubo reside nas extremidades.

    As pessoas tendem a ver o caminho do meio como o que possui equilíbrio, sensatez. O caminho que teria menos risco e maior aceitação. Pode até ser, desde que ele seja resultado de construção pessoal e não imitação de macaco de circo que não possui autoconhecimento e deseja apenas aceitação social e gratificação. Porque isso se revelaria apenas como uma máscara - e uma hora ou outra a pessoa vai ter que acertar as contas com o espelho.

    Talvez todos os caminhos devam fazer parte do processo. Porque nos levam a uma maior apropriação de nós mesmos, maior aprendizado e consequente evolução.

    É mais ou menos assim que enxergo esta questão. Desculpe me alongar demais. Eu adoro que me desorganizem e sinto prazer no processo de tentar me reorganizar! rsrsrs

    Beijos!

    ResponderExcluir
  7. Quanta coisa boa por aqui! Embora eu tenha me identificado demais com a brevidade das coisas. Tudo tem sido muito superficial e acho que o mundo carece de sentimentos e ações mais profundas no cotidiano e não apenas nas grandes obras e acontecimentos.

    ResponderExcluir
  8. Oi Gilmar..

    Comecei a ler o "Rio do Meio", Lya Luft, tem tudo a ver com o seu texto...

    Gostaria de dizer que seus escritos alcançam uma profundidade da qual receio não alcançar, entro aqui como aluna, e preciso ler e reler, um exercício que me dá muito prazer..
    Embora eu tenha feito Letras e Pedagogia(pela metade), estou no começo da caminhada..
    A citação de Rubens Alves em seu comentário me emocionou, esse grande homem tem uma magia traduzida em palavras incomparáveis..

    Continuemos... a jornada é longa!

    ResponderExcluir
  9. AQUI TEM PANO PARA MANGAS...

    EU CRESCI OUVINDO DIZER É NO MEIO QUE RESIDE A VIRTUDE...E NÃO NOS EXTREMOS... MAS SERÁ A VIRTUDE SINÓNIMO DE MEDIOCRIDADE,SOBRIEDADE,PRUDÊNCIA,UMA MORNIDADE REFREADA? POR AQUILO QUE ME TRANSMITIRAM OS LIMITES NÃO ESTÃO NO MEIO...

    SERÁ O CENTRO RESTRITO,LIMITADOR,CONFORTÁVEL...LETÁRGICO?
    HÁ UM DITADO QUE DIZ "A PRESSA É INIMIGA DA PERFEIÇÃO"

    E NOS DIAS QUE CORREM O CONHECIMENTO,A NOVIDADE , A INFORAMÇÃO MUDA DEPRESSA DEMAIS ...NEM HÁ TEMPO PARA DIGERIR O QUE CHEGA E JÁ EXISTE MAIS ...E MAIS...O QUE HOJE É TIDO COMO VERDADEIRO AMANHÃ É DESTRONADO POR OUTRA VERDADE. PENSO QUE ISTO TORNA-SE CONFUSO E ANGUSTIANTE...NADA ESTÁVEL E NÃO SEI SE ESTE PANORAMA CONTRIBUI PARA A FELICIDADE DE QUALQUER INDIVÍDUO...

    POIS,O RITMO DE APRENDIZAGEM É DIFERENTE DE PESSOA PARA PESSOA...ENTÃO QUE FAZER? TALVEZ SE DEVA IR MAIS DEVAGAR SEM SENTIR QUE ISSO É MAU ...OU SIGNIFIQUE QUE SE ESTACIONOU...A NOSSA VIDA É FEITA POR FASES...EU QUANDO VIVO NÃO PENSO QUE SE ESTOU A MEIO OU NO FIM...ESTOU E PRONTO...O PIOR QUE PODE ACONTECER A ALGUÉM É NÃO CONHECER-SE A SI MESMO...PORQUE SE SE DESCONHECE NÃO SABE PARA ONDE VAI,NEM O QUE QUER...FICO PERDIDO...

    NÃO SEI SE SOUBE INTERPRETAR BEM O TEXTO...SE NÃO O FIZ NA MEDIDA QUE GOSTARIA...LAMENTO

    ABRAÇO

    ResponderExcluir
  10. Olá Gilmar!

    Itaguara? Que coisa boa nos encontrarmos por aqui...
    Seja sempre bem vindo às nossas casas! Receber a tua participação no Espaço Aberto nos deixarão muito honrados!

    Um grande abraço!

    ResponderExcluir
  11. Olá Gilmar bom dia.

    Grato pela sua visita a meu blogue onde aqui retribuo com minha visita.

    Muito se poderá dizer sobre este post que, abreviando poderei dizer:

    São tantos os caminhos que fazem parte do nosso processo de vida que, para uma vivência talvez normal poderemos seguir um a um de cada vez, juntando-os aos poucos para que numa virtude necessária se possa atingir parte de uma perfeição possível.

    Sendo o homem um todo do Universo, tudo se pode esperar dele, e o exêmplo está na causa em que a globalização se encontra.

    O espelho da vida, está embutido no ego humano onde se espera de tudo um pouco em que os meios possam atingir fins a qualquer preço.

    Abraço bom fim de semana.

    ResponderExcluir
  12. Olá Gilmar! O que é que eu acho? Acho que vou aprender muito por aqui,com tudo o que já li, eu já aprendi.
    Obrigado pela sua visita.

    Um abraço,
    José.

    ResponderExcluir
  13. Olá Gilmar.
    Voce falou tudo...
    Hoje tudo é rápido demais,tudo é curto demais.
    estamos vivendo numa época onde, realmente, começamos algo e quando vemos já estamos no fim, ou alguem fez o favor de finalizar pra gente.
    Mas gostei da sua colocação sobre o "caminho do meio".
    Bjos

    ResponderExcluir
  14. Oi. Obrigada por suas palavras no meu blog, elas me fizeram chorar. Mas eu sou chorona mesmo. rss
    Muito carinho da sua parte e vc teve uma visão bem realista sobre o assunto que eu postei.
    Gostei muito do seu blog e dos temas aqui postados, acompanharem de hoje em diante.
    Bjs! Lu

    ResponderExcluir
  15. Oi Gilmar,

    Todos possuem o seu ritmo, perante seus atributos como seres humanos (inteligência, consciência, percepção etc...). Mesmo aqueles que se diferenciam da realidade (esquizofrênicos, paranóicos, ...), mesmo aqueles não muito dotados de inteligência ou até mesmo os retardados, mesmo os deficientes físicos que ainda se encontram restritos à atividades limitadas, mesmo os eremitas, são impulsionados a viver e desfrutarem dessa vida.

    Acredito que nenhum ser humano, dentre as diferenças que citei acima, passa por essa vida sem saber o significado dela.

    O tempo, por si só, carrega a pessoa para frente, avante, por assim expressar.

    Para os que vivem em comunidade, as pessoas ajudam nos conhecimentos, direta ou indiretamente.

    Todos, nessa vida, de acordo com o seu modo de ser, de acordo com a sua filosofia, de acordo com o seu entendimento e condições físicas, psíquicas, morais, conseguem, de um modo ou de outro, sozinhos ou não, se conscientizarem do valor e do significado dessa vida.

    Não importa se seguem caminhos diferentes, se pensam diferentes, se reagem diferentes, já que ninguém é igual ao outro, vivem e morrem, levando consigo o que aprendeu da vida, diante suas condições e crenças. Mesmo aquele que se diz ateu ou mesmo um criminoso insano.

    Ninguém escapa, enquanto se vive, de tomar conhecimento do que a vida é e oferece (plenitude). Fazer dela o que quer para si, já é de cada um. Afinal, de tudo pode se aprender nessa vida. A natureza é neutra, como viver e desfrutar dela, vai depender de cada um, independente de saber o valor dela.

    Beijos,

    ResponderExcluir
  16. uau, estava pensando esses dias sobre essa coisa irritante de caminho do meio... digo irritante porque quase nunca consigo achá-lo e por vezes duvido de sua existência, rs*

    pode me mandar essa crônica comleta? monicamontone@yahoo.com.br

    beijos, querido e ótima semana

    MM.

    ResponderExcluir
  17. Se assim possa ser chamado, digo que sigo o caminho do meio para que eu possa aquém e além do próprio caminho enxergar as alternativas de, se for necessário, ser radical, ou então, ser conservador; os extremos sempre tem um risco que tem que ser bem calculado para não nos levar ao fracasso. Abçs.

    ResponderExcluir
  18. Olá, Gilmar.

    Eu acompanhei a publicação dos seus dois textos, "Mania de Pressa" e "Sapo Escaldado". E concordei com os dois, com louvor!

    Como é que agora você me propõe esta questão do MEIO?! Que saia justa! Fiquei aflita. Resta-me admitir que foi com satisfação que me vi amparada pela sua proposta de que o "transbordamento" de cada um é relativo.

    Não me agrada nada a mediocridade, o morno e o meio. Por outro lado, já bati muitas portas ao querer "encerrar" discussões. Bater porta era comigo mesmo... Que vergonha. Vendo por este ângulo (o pessoal) - perdoe-me a a "confissão" sem importância tumultuando seu blog - o "meio", o "morno", seria justamente o meu transbordamento, o meu extremo, o querer chegar ao limite. Preciso de serenidade.

    Olha, está difícil ler seu texto com espírito crítico! São tantos acordos que faço pelo decorrer da leitura e tanta adminiração pela forma de exposição das suas ideias que simplesmente me desarmo. Só quero ler... E ler...

    São chatos os elogios repetitivos, mas vale à pena encorajar um bom escritor. Por isso, tenho que dizer o quanto sinto-me melhor depois da passagem por aqui. Sentem-se assim todos os que tem a consciência de ter "vivido" uma leitura de qualidade.

    Um abraço,
    Michelle

    ResponderExcluir
  19. O que sinto sobre o caminho do meio é que ele não é de todo o equilíbrio e o melhor para nós, a menos que lá tenhamos chegado depois de termos ultrapassado vários obstáculos.
    O que sempre ouvi dizer quando criança e adolescente, era que o caminho do meio aquele que nos dava maior segurança e onde corríamos menos riscos. Seria o caminho onde nos sentiríamos confortáveis ….mas esqueceram-se de me dizer que nesse caminho do meio eu poderia não estar feliz, poderia estacionar a minha evolução interior, poderia limitar-me e não lutar pelos meus sonhos.
    É verdade é que fomos sempre cercados de medos e dar passos em direcção a um outro caminho é sempre correr riscos, viver novas experiências que podem ser boas ou más.
    Na vida tudo é dualidade e nunca saberemos se algo é bom ou mau se não arriscarmos. Não sabemos se algo nos vai fazer felizes ou infelizes se não escolhemos sair do lugar onde estamos.
    Só vivendo várias experiências é que nos tornamos em seres mais evoluídos, em seres com mais sabedoria e aprendemos também a seguir a nossa intuição.
    É preciso ter coragem para trocar uma vida estável, mesmo que por vezes sem grande sabor, por algo que é incerto….mas quantas coisas deixamos de viver, de sentir, de aprender por não termos coragem de sairmos desse caminho do meio.
    Foi preciso chegar aos meus 50 anos para me libertar de muitos medos, de desejar sair do caminho do meio para me sentir mais viva, mais alegre e feliz…….ainda bem que tive essa coragem!
    Gilmar, um texto de grande reflexão, onde cada um terá a sua opinião…dependendo muito do que sente e naquilo em que acredita.
    Obrigado pela sua visita, gostei muito de conhecer este seu espaço.

    Um abraço

    ResponderExcluir
  20. Olá Gilmar, muito obrigada por sua visita, e pelas belas palavras cheia de sabedoria, li uma a uma, para que penetrasse não apenas em meus conhecimentos, mais acredito que as palavras que são sábias penetram a alma, tornando-se assim inesquecíveis ao conhecimento.

    Gostei do teu blog, simples e direto ao ponto ;)
    E com bons ensinamentos, estarei sempre aqui podes ter certeza,

    Abraços
    Lú Melo

    ResponderExcluir
  21. Obrigada pela visita (e pelas palavras cheias de sabedoria) lá no Happiness.

    Muito bom seu texto, me rendeu muitas reflexões, já ouvi dizer que é no meio onde reside a sabedoria, mas não sei se concordo com isso, pelo menos não no todo, acredito que as vezes seja bom ir até os extremos...

    Seu blogue ótimo, repleto de sabedoria, vi que tenho muito a aprender aqui.

    Tenha uma ótima semana!

    ResponderExcluir
  22. Oi Gilmar
    Gostei do seu blog com reflexoes que nos propõe pensar .
    Obrigada da visita, vou segui-lo , linkar pra nao esquecer de voltar.
    Li o texto e muita coisa sobre o tempo de cada um , ultrapassar ou nao , ousar mais, ir além do permitido, buscar insistentemente, são variáveis pra nao ficar no caminho do meio.
    São opçoes.O importante é estar feliz , sentir-se feliz.Muito.
    Boa escolha do tema ,bom pra refletir.
    Abraços , vou voltar rs

    ResponderExcluir
  23. Genial e Fabuloso Amigo:
    Um texto de um preciosismo e delicado sentir.
    Muito belo e fantástico.
    Parabéns pelo ser humano enorme e gigante que é.
    Escreve ao sabor da pena de forma magistral e talentosa. Perfeita.
    MUITO OBRIGADO pela simpatia e amabilidade expressas no meu blogue que adorei.
    Abraço de parabéns sinceros pela fabulosa PESSOA que é e significa.
    Sempre a admirá-lo.

    pena

    Excelente!
    Bem-Haja, precioso amigo de bem.
    MUITO OBRIGADO!

    ResponderExcluir
  24. Agradecemos a sua participação na Postagem Coletiva!
    Venha conhecer o novo ganhador no Sorteio do livro e aproveitar para conhecer o nosso entrevistado. Uma pessoa maravilhosa que sentimos muito orgulho em poder chamar de Amigo!
    Um abraço carinhoso

    ResponderExcluir
  25. Excelente texto Gilmar!

    estou te seguindo

    ResponderExcluir

Fique à vontade!
Os comentários têm a função precípua de precipitar a maturação da reflexão, do texto “apossado”. É um ponto de partida, sem o ponto de chegada. É o exercício da empatia no rompimento do isolacionismo, posto que, tudo está conectado. É a sua fala complementando a minha. Por isso mesmo fique à vontade para o diálogo: comentar, concordar, discordar, acordar...