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"A árvore sobrevivente", de Valdemar Rocha |
Vez por outra nossos caminhos são interceptados por pessoas que já se esqueceram de sorrir... a face tornou-se carrancuda e os olhos, fulminantemente sombrios, revelam na voz áspera, um azedume encruado no ser.
E, uma vez interceptados, invariavelmente a contaminação se alastra, nos alcança de pronto e a paz já é imolada. A irritabilidade, ante azedumes servidos, já nos invade na sofreguidão dos nossos apressados passos.
A música, cantarolada no sossego, já sofre com os engasgos. O tom melodioso já destempera a nota, desafina no grave e desconcerta de vez no agudo. Descompassa-se por completo... É como se na tentativa de continuar cantarolando, uma outra música, irritantemente alta e com um “batidão” totalmente divergente, invadisse o palco apaziguado. Tente cantarolar uma música ouvindo outra assim, num ritmo freneticamente divergente! É o som do azedume!
O sol de brilho intenso, aquecendo a manhã fria, num abraço deliciosamente revigorador, de repente é atropelado por nuvens negras, vestidas de pavor, “trombando” umas nas outras e fazendo ecoar monstruosos relâmpagos e ensurdecedores trovões! É o barulho do cenário de azedumes!
Não adianta tentar contrapor argumentos. A acidez contrária faz calar a voz, intimidada pelo exasperado volume. A dialogicidade é violentamente golpeada, num desespero estressante que a insanidade alimenta. Não há bom humor que resista.
Nada é bom! Nada vale a pena! Nada ajuda! É um rosário de lamúrias e choros! A intolerância se casa com a amargura e se torna angústia. O ranço pobre da imaturidade persiste. A vitimização é o discurso eloquentemente ofertado. O egoísmo e egocentrismo se vestem de mundo cruel a impor sacrifícios, a oferecer apenas azedumes a serem cozinhados.
Quem já não se deparou com gente assim? Em casa, na rua, no trabalho, enfim, nos trajetos cotidianos com seus “senões”. Humor árido, tolerância curta, paciência exígua, sorriso escasso... O centro de todas as dificuldades, âncora de toda falta de sorte, suporte de toda espécie de carga, feito Atlas carregando um mundo, só que cheio de problemas irremediáveis.
E o que fazer mediante tamanho assombro?
Nada de mirabolantes e egocêntricas magias! Primeiro é acalmar o coração! Aquietar o ânimo! Respirar a tolerância e paciência! A prontidão emocional e espiritual é que permitirá rechaçar as tentativas de invasão.
Depois, é oferecer serenidade na voz e no olhar. O semblante, quase “contemplativo”, é convite que resvala na inquietude do outro, cutucando a reflexão exigida. A voz, numa mansidão divina, significando amorosidade abundante, encontrará repouso no olhar supostamente incólume do outro e tende alcançar equilíbrio.
Se ainda assim o "contato" não se reestabelecer, então melhor esperar a tempestade diminuir. Tente depois, num outro tempo! O exercício da reflexão, mediado pelo diálogo e inclusividade, pode reconstruir algumas das pontes quebradas, demolidas na impetuosidade dos azedumes alardeados.
Importa não saborear os azedumes servidos. Importa não sujeitar-se à “culinária” extravagante de azedumes e temperos ardidos.
A generosidade é um bom remédio a outrem! Pode servir! Não há contraindicação!
Uma ótima semana a todos!
Bah!! Eu fujo de gente assim e ainda mais dos que nem querem sorrir, preferem viver de mal com a vida...
ResponderExcluirConcordo que generosidade faz bem e faz até sorrir...
Deve ser mais praticada, há tanto a fazer,não? abraços, e um lindo e abençoado NATAL! chica
...traigo
ResponderExcluirsangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
COMPARTIENDO ILUSION
GILMAR
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...
AFECTUOSAMENTE : OS DESEO UNAS FIESTAS ENTRAÑABLES 2010- Y FELIZ AÑO 2011 CON TODO MI CORAZON….
ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE ACEBO CUMBRES BORRASCOSAS, ENEMIGO A LAS PUERTAS, CACHORRO, FANTASMA DE LA OPERA, BLADE RUUNER Y CHOCOLATE.
José
Ramón...
Gilmar,infelizmente não são poucas as pessoas assim...vc deu um ótimo remédio:a generosidade,mas duvido que estejam prontas para esse tratamento!Precisam mesmo de muito amor!Adorei seu texto!BJS,
ResponderExcluirOi Gilmar
ResponderExcluirPasseando pelo seu blog deixei alguns comentários e sua crônica reflete bem
o que acontece no cotidiano - esbarramos sim com pessoas ácidas , que tem prazer em murmurar , que nao mudam de opinião , que radicalizam e dimensionam qualquer assunto sempre no tom menor rs
Cozinhar azedumes , é isso, boa definição.
Sabe aquelas que escolhem sempre os piores assuntos, batem sempre na mescla tecla ? felismente a poesia me relaxa , me leva aos sonhos , a imaginar coisas , delírios adolescentes que voltam ,rs e fico sempre em paz.
Dificil perder o foco Gilmar, fico sim indignada com coisas recorrentes e injustas, mas nada me abate mais,! rs
abraços amigo
volto na semana
que seja boa pra voce
Olá, amigo
ResponderExcluirTer alegria de viver é um grande Dom... presente de Deus que nos quer a todos felizes...
Hoje, Domingo, está postado o meu cartão virtual para você que me acompanha com tanto carinho e amizade nesse ano de 2010...
Obrigado pela amizade e que Deus recompense seu incentivo ao meu Blog!!!
BOAS FESTAS!!!
Abraços e bjs festivos
Roselia
Gilmar, meu amigo, a generosidade é o melhor tempero para qualquer prato, sempre.
ResponderExcluirAproveito para desejar um Feliz natal para você e sua família e que 2011 venha com muitas alegrias e conquistas.
Um grande beijo
Gilmar querido amigo, texto pra se refletir e muito...
ResponderExcluirE sigamos a usar e abusar da generosidade, que só faz bem...
Tenha um Feliz Natal junto aos seus, que seja abençoado, pleno de alegrias, união, harmonia e muito amor...
Beijos...
Valéria
Meu amigo,
ResponderExcluiraff!chá de bom humor em dose elevada.
Desejo a você um Natal feliz e um Ano Novo,cheio de oportunidades.Obrigada por ter compartilhado,sua amizade comigo em 2010.
Boas energias,os 365 dias de 2011
Mari
Amigo Gilmar,
ResponderExcluirPasso hoje para deixar-lhe um poeminha de Natal, que você seja sempre feliz e no ano que se inicia possamos seguir juntos nesta caminhada!
"Natal...
É o mês de confraternização Agradecimento pela vida
Bênçãos ao filho de DEUS
União, amor, reflexão!
Que o bom velhinho traga um saco cheinho de paz,
harmonia, fraternidade
Que o gesto de ternura se estenda de várias mãos
Que ao som dos sinos
O amor exploda em toda direção!
FELIZ NATAL!"
UM ANO NOVO DE FÉ E SUCESSO!
Beijos, flores e muitos sorrisos!