quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Precipitações na Comunicação



Crianças, de Cristiano Borges

Humor
Olha a confusão que uma conclusão precipitada pode causar. Em um determinado país foi criado um programa de incentivo à natalidade, pois o número de habitantes estava caindo e a  proporção de idosos crescia assustadoramente.

Necessitando de mão de obra, o governo decretou uma lei que  obrigava  os casais a terem um certo número de filhos. Previa também uma  tolerância  de  cinco  anos após o casamento, findo os quais, o casal deveria  ter  pelo menos um pimpolho.

Aos casais que no fim do prazo não conseguissem  ter  um filho, o governo destacaria um agente auxiliar para que a criança fosse gerada. 

Neste cenário se deu o seguinte diálogo entre um casal:

MULHER: Querido, completamos hoje 5 anos de casamento!
MARIDO: É... Querida,  e infelizmente não tivemos um filho sequer.
MULHER: Será que eles vão mandar o tal agente?
MARIDO: Não sei... Talvez mandem.
MULHER: E se ele vier?
MARIDO: Bem, eu não posso fazer nada.
MULHER: E eu, menos ainda...
MARIDO: Vou sair, já estou atrasado para o trabalho.

Logo após a saída do MARIDO, bateram à porta: TOC, TOC, TOC!!!! A  mulher  abriu   encontrou  um  homem  de  boa  aparência  à  espera. Tratava-se  de  um  fotógrafo  que  saiu  para atender um chamado de uma família  que  queria fotografar sua criança recém-nascida, mas que por um engano, errara o endereço procurado.

E o seguinte diálogo se seguiu:

HOMEM: Bom dia! Eu sou...
MULHER: Ah, já sei! Pode entrar.
HOMEM: Obrigado. Seu esposo está em casa?
MULHER: Não. Ele foi trabalhar.
HOMEM: Presumo que esteja a par da minha vinda aqui?!...
MULHER: Sim, o meu marido também já está sabendo de tudo. E, eu concordo.
HOMEM: Ótimo. Então vamos começar.
MULHER: Mas já? Tão rápido...
HOMEM: Preciso ser breve, pois tenho ainda 16 casas para visitar, ainda hoje.
MULHER: Minha nossa! O senhor aguenta?
HOMEM: O segredo é que eu gosto do meu trabalho, me dá muito prazer!
MULHER: Então vamos começar. Como faremos e onde você prefere?
HOMEM: Permita-me sugerir: Uma no quarto, duas no tapete, duas no sofá e uma em pé ao lado da mesinha do telefone.
MULHER: Serão necessárias tantas?
HOMEM: Bem, talvez possamos acertar na mosca já na primeira tentativa.
MULHER: O senhor já visitou alguma casa neste bairro?
HOMEM: Não, mas tenho comigo uma variedade de amostras do meu trabalho e... (mostrou algumas fotos de crianças). Não são lindas??
MULHER: Como são belos estes bebês! Foi o senhor mesmo quem fez?
HOMEM: Sim. Veja esta aqui, por  exemplo, foi conseguida na porta do supermercado.
MULHER: Que horror! O senhor não acha muito público?
HOMEM: Sim, mas a mãe queria muita publicidade.
MULHER: Eu não teria coragem!!!
HOMEM: Esta aqui foi em cima do ônibus.
MULHER: Cacilda!!!
HOMEM: Foi um dos serviços mais difíceis que já fiz.
MULHER: Claro, eu imagino!
HOMEM: Esta foi feita no inverno, em um parque de Diversões.
MULHER: Credo! Como o senhor conseguiu? Não sentiu frio?
HOMEM:  Não  foi  fácil!  Como  se  não bastasse a neve caindo, tinha uma multidão em volta. Quase não consegui acabar.
MULHER: Ainda bem que sou discreta e não quero ninguém nos olhando.
HOMEM: Ótimo, eu também prefiro assim. Agora, se me der licença, eu preciso armar o tripé.
MULHER: Tripé?!!!
HOMEM: Sim madame, pois o negócio, além de pesado, depois de armado mede quase um metro.
A mulher desmaiou...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fique à vontade!
Os comentários têm a função precípua de precipitar a maturação da reflexão, do texto “apossado”. É um ponto de partida, sem o ponto de chegada. É o exercício da empatia no rompimento do isolacionismo, posto que, tudo está conectado. É a sua fala complementando a minha. Por isso mesmo fique à vontade para o diálogo: comentar, concordar, discordar, acordar...