Meus Rabiscos
Uma só vez, que errar, poderá desencadear um labirinto de dores e lágrimas, sem que saiba o quanto e a quantos...
Uma só vez, que faltar com a verdade, poderá macular a dignidade de outrem, sem que perceba a mancha imunda, a nódoa deixada...
Uma
só vez, que burlar a ética, poderá igualar-se aos alcoviteiros, sem que
se dê conta do covil onde transita, ainda que temporariamente...
Uma
só vez, que imolar a paz do outro, poderá quebrantar-lhe o silêncio
interior, sem que possa, mais tarde, retomar e invocar o seu próprio
autorrespeito...
Uma
só vez, que oferecer deslealdade, poderá provocar o maior tropeço de
quem caminha ao lado, sem que sinta a dor da ferida exposta e nem
perceba o andar trôpego de quem ruma o mesmo caminho...
Uma
só vez, que permitir ao próprio coração petrificar-se, sem que recupere
logo a temperança, então o perdão e a compaixão serão despejados e a
abstenção de ferir não lhe será mais permitida!
E,
preste bastante atenção! Uma só vez que encontrar-se perdido de si
mesmo e receber amparo, é porque Deus ouviu seus lânguidos gritos, já
sufocados nos desencontros intermináveis e elegeu seres sem cores, sem
faces e sem formas prediletas ou viçosas, para ancorarem suas utopias e
buscas. Você tem a permissão de guardá-los no peito e chamá-los de
amigos. Aproveite os passos!
Essas são as minhas falas. Resultam do que dou conta de enxergar, hoje, aqui e agora, nesse instante.
Nessa
série de "imagens que falam" (serão seis), o propósito é que elas falem a cada um,
conforme os olhares que cada um puder e quiser emprestar...
Então, fique à vontade para olhá-las do seu jeito, como quiser...
Fraterno abraço!
Imagem: desconheço os direitos autorais.
Ela foi escaneada de um quadro encontrado "num armário de escola", sem maiores informações.
Se alguém souber a origem, por favor, me comunique!
Gostaria muito de dar créditos ao autor ou autora, pela relevância e significado da obra.
Publicado originalmente em 23 de outubro de 2010
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Os comentários têm a função precípua de precipitar a maturação da reflexão, do texto “apossado”. É um ponto de partida, sem o ponto de chegada. É o exercício da empatia no rompimento do isolacionismo, posto que, tudo está conectado. É a sua fala complementando a minha. Por isso mesmo fique à vontade para o diálogo: comentar, concordar, discordar, acordar...