quarta-feira, 6 de julho de 2016

Viver como as flores

Oroya
Metáfora



— Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro com as que caluniam. 


Pois viva como as flores, advertiu o mestre.
 

— Como é viver como as flores? 

Esta pergunta do discípulo o mestre respondeu apontando os lírios que cresciam no jardim:


— Repare nestas flores. Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora.
 

E concluiu:


— Isso é viver como as flores!

 

Um comentário:

  1. Boa Noite, Gilmar!
    Que texto mais lindo! Com uma mensagem muito reflexiva!
    Se quiser, mande-me por email pra eu colcoar no Cantinho Espiritual do Leitor... muito bonito!
    Abraço fraternal

    ResponderExcluir

Fique à vontade!
Os comentários têm a função precípua de precipitar a maturação da reflexão, do texto “apossado”. É um ponto de partida, sem o ponto de chegada. É o exercício da empatia no rompimento do isolacionismo, posto que, tudo está conectado. É a sua fala complementando a minha. Por isso mesmo fique à vontade para o diálogo: comentar, concordar, discordar, acordar...