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Vida de grupo tem:
- Alegria, riso aberto, contentamento, folia, concentração.
- Medo, dor, choro, conflito, perdição, desequilíbrio, hipótese falsa, pânico.
- Entendimento, diferenças, desentendimento, briga, busca, conforto.
- Silêncios, fala escondida, berro, fala oca, fria, fala mansa.
- Generosidade, escuta, olhar atento, pedido de colo.
- Ódio, decepção, raiva, recusa, desilusão.
- Amor, bem querer, gratidão, afago, gesto amigo de oferta.
Vida de grupo dá muita ansiedade
- quando não recebo o produto do conhecimento mastigado, pronto, pelo educador.
- Ele faz mediações com o objeto a conhecer, e se eu, saindo com meu reboliço, meu furacão interno (uterino?), minhas frustrações, ansiedades, POSSO CONSTRUIR no meu silêncio-fala interna, minha sistematização. Depois, novamente voltando ao grupo, posso checá-lo, provocando um aprofundamento da mesma, ou não...
Vida de grupo dá muita frustração
- Porque, enquanto educando, tenho de romper com meu acomodamento quieto, autoritário... esperando "as ordens" do educador... e quando elas não vem, descubro que SÓ EU posso LUTAR-CONQUISTAR, CONSTRUIR, meu ESPAÇO...
- O educador pode possibilitar o rompimento da quietude, mas NÃO A AÇÃO DO CONSTRUIR, do conhecer. Essa só o educando pode.
Vida de grupo dá muito medo
- Porque através do outro constato que sou "dono" do meu saber (e do meu não saber). Sou dono da minha incompetência, e portanto, RESPONSÁVEL pela minha BUSCA-PROCURA de conhecer, de construir minha competência.
Vida de grupo dá desânimo
- Porque em muitas situações nos confrontamos com o caos: acúmulo de temas, processos de adaptação, hipóteses heterogêneas.
- Caos criador que nos demanda nova re-estruturação-organização. Procura da forma original própria e única adequada ao novo momento.
- Vida de grupo (ah!!... vida de grupo...)
Vida de grupo dá muito trabalho e muito prazer
- Porque eu não construo nada sozinho; tropeço a cada instante com os limites do outro e os meus próprios, na construção da vida, do conhecimento, da nossa história.
Madalena Freire Welfort
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Os comentários têm a função precípua de precipitar a maturação da reflexão, do texto “apossado”. É um ponto de partida, sem o ponto de chegada. É o exercício da empatia no rompimento do isolacionismo, posto que, tudo está conectado. É a sua fala complementando a minha. Por isso mesmo fique à vontade para o diálogo: comentar, concordar, discordar, acordar...