Outros Autores
Educar é desaprender
as regras da subjugação
reaprender pensar e sentir
rompendo a educastração
na percepção crítico-criadora
da pedagogia da transgressão.
Rimando Logos com Eros
nos repertórios da educação
conjugando corpo e mente
nos processos de criação
tocamos a busca da inteireza
na alquimia da transmutação.
A sala de aula deve ser
um espaço de celebração
onde os ritos de passagem
vão marcando cada lição
com o vigor da selva da vida
em seus ciclos de renovação.
Primando pela busca do ser
em que o humano é primordial
e o ter, um meio, instrumento
caminho que leva ao essencial
cuidando dos valores fundos
que lapidam nosso ser primal.
A educação é uma travessia
que conduz a novos lugares
nos desafios e investigações
que abrem novos caminhares
expandindo as consciências
na pluralidade dos olhares.
A verdadeira educação
nos mobiliza como espanto
da vertigem das novidades
suscita admiração, portanto
emergindo o extraordinário
que às buscas dá encanto.
As teias da educação
são tecidas coletivamente
onde educando e educador
as bordam conjuntamente
numa dialogia criadora
de relação interdependente.
A educação deve ser nutrida
Com o néctar do amoroso
Na fibra da ação da coragem
No âmago do coração fogoso
Em que o mistério da sedução
Conduz ao humano prazeroso.
A preciosa ação educativa
tem o propósito primordial
de buscar sentidos profundos
do nosso ser mais transversal
levando ao autoconhecimento
convergência do corpo mental.
Miguel Almir L. de Araújo. Revista Dois Pontos, nº 43,
Julho/agosto de 1999, V. 5, P.13 - Reflexões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique à vontade!
Os comentários têm a função precípua de precipitar a maturação da reflexão, do texto “apossado”. É um ponto de partida, sem o ponto de chegada. É o exercício da empatia no rompimento do isolacionismo, posto que, tudo está conectado. É a sua fala complementando a minha. Por isso mesmo fique à vontade para o diálogo: comentar, concordar, discordar, acordar...