Meus Rabiscos
Quem já não se deparou, no embate consigo mesmo, ante extremismos de
escolhas? E, porque uma vez machucado, visita-lhe com insistência a
louca vontade de apartar-se de tudo e de todos...
Nessa “briga”, a "alma de avestruz" mergulha na vergonha, foge da vida, se esconde dos dias e das faces, quer manter-se incólume, intocável e inatingível. Oculta-se, esperando a adversidade desaparecer. E ela não cessa!
Experimenta-se a covardia com o indelével sabor de altivez ou perfeita conduta!
Guimarães Rosa diz que “o animal, satisfeito, dorme” e penso que, dormindo, vulnerável se torna. Isso quer dizer que quando se permite dormitar em si a indolência, a injustiça, a desesperança, o negativismo, o pessimismo, a empáfia e a intempestividade das emoções, então é porque se desaprendeu a reconhecer-se capaz de suplantar desencontros; desaprendeu-se o compasso das utopias e as crenças já estão prestes a desfalecer nos próximos passos na estrada, que se fez íngreme demais!
Com tanta intemperança dormitando, o “inimigo”, que morava lá fora, já aluga espaços, mobília e acomoda-se dentro. O mundo ao redor passa a ser visto pelos olhos do medo, da banalização de valores, da negação ao amor e da intolerância à compaixão.
Esses olhares, pequenas sementes de imundícies, são regados a sentimentos de dores extenuantes, de abandonos cruéis, de inverdades maltrapilhas e de “absolutização” de conceitos.
É a escuridão profunda que teceu raízes largas e coloriu de um preto abismal o túnel da vida, fazendo ruir toda defesa, até quedar-se, de vez, prostrando-se num inconformismo estático.
Na lama da escuridão do túnel, os passos pesam, os tropeços machucam e a dor, lancinante, é vingada nos gritos estremecedores que ainda tentam acordar a maturidade da consciência.
Num espinho mais pontiagudo, plantado por sangue do próprio sangue, um grito ainda mais intenso e estarrecedor é lançado ao nada. Todavia, o eco ricocheteando em paredes de lodo fétido, impregnado de vermes de ontem, atiçam a sobriedade... Por fim, de tanta insistência, faz respirar com dificuldade absurda.
Aos poucos se liberta de amarras de toda sorte, das sociais às pessoais, e os olhos já cismam abrirem-se. Os modelos mentais incrustados, enferrujados na escuridão, num choque de consciência do frágil inacabamento, mas ciente do necessário refazimento, permitem novos olhares, de um jeito diferente, às mesmas coisas de sempre. Outros cenários já são possíveis. “Certezas” já são contrariadas e, a compreensão, a partir de dentro, já reclama hipóteses novas, indagações novas, cores novas.
Já há luz na outra extremidade. Já há força nas pernas para sustentar os passos. A visão já tem maior alcance.
Nessa imersão profunda para dentro de si mesmo, acende-se um novo desafio, que é o enfrentamento do problema maior que a competência. E já se tem a clara consciência de que é permitido, e é preciso, aumentar a própria competência para que o enfrentamento debilite as causas e alcance êxito na solução.
As adversidades já não fazem surtar a “alma”. Aprende-se, ante extremismos de escolhas, a reconstruir-se, a refazer-se por conta das deformações impostas.
A esperança insiste existir. Os cenários futuristas descortinam a “amplidão” da estrada. Há caminhantes ladeando os passos, agora firmes e convictos, partilhando sorrisos, permitindo o calor das mãos, num irrecusável convite de mútua pertença!
E a resposta é sim!
Nessa “briga”, a "alma de avestruz" mergulha na vergonha, foge da vida, se esconde dos dias e das faces, quer manter-se incólume, intocável e inatingível. Oculta-se, esperando a adversidade desaparecer. E ela não cessa!
Experimenta-se a covardia com o indelével sabor de altivez ou perfeita conduta!
Guimarães Rosa diz que “o animal, satisfeito, dorme” e penso que, dormindo, vulnerável se torna. Isso quer dizer que quando se permite dormitar em si a indolência, a injustiça, a desesperança, o negativismo, o pessimismo, a empáfia e a intempestividade das emoções, então é porque se desaprendeu a reconhecer-se capaz de suplantar desencontros; desaprendeu-se o compasso das utopias e as crenças já estão prestes a desfalecer nos próximos passos na estrada, que se fez íngreme demais!
Com tanta intemperança dormitando, o “inimigo”, que morava lá fora, já aluga espaços, mobília e acomoda-se dentro. O mundo ao redor passa a ser visto pelos olhos do medo, da banalização de valores, da negação ao amor e da intolerância à compaixão.
Esses olhares, pequenas sementes de imundícies, são regados a sentimentos de dores extenuantes, de abandonos cruéis, de inverdades maltrapilhas e de “absolutização” de conceitos.
É a escuridão profunda que teceu raízes largas e coloriu de um preto abismal o túnel da vida, fazendo ruir toda defesa, até quedar-se, de vez, prostrando-se num inconformismo estático.
Na lama da escuridão do túnel, os passos pesam, os tropeços machucam e a dor, lancinante, é vingada nos gritos estremecedores que ainda tentam acordar a maturidade da consciência.
Num espinho mais pontiagudo, plantado por sangue do próprio sangue, um grito ainda mais intenso e estarrecedor é lançado ao nada. Todavia, o eco ricocheteando em paredes de lodo fétido, impregnado de vermes de ontem, atiçam a sobriedade... Por fim, de tanta insistência, faz respirar com dificuldade absurda.
Aos poucos se liberta de amarras de toda sorte, das sociais às pessoais, e os olhos já cismam abrirem-se. Os modelos mentais incrustados, enferrujados na escuridão, num choque de consciência do frágil inacabamento, mas ciente do necessário refazimento, permitem novos olhares, de um jeito diferente, às mesmas coisas de sempre. Outros cenários já são possíveis. “Certezas” já são contrariadas e, a compreensão, a partir de dentro, já reclama hipóteses novas, indagações novas, cores novas.
Já há luz na outra extremidade. Já há força nas pernas para sustentar os passos. A visão já tem maior alcance.
Nessa imersão profunda para dentro de si mesmo, acende-se um novo desafio, que é o enfrentamento do problema maior que a competência. E já se tem a clara consciência de que é permitido, e é preciso, aumentar a própria competência para que o enfrentamento debilite as causas e alcance êxito na solução.
As adversidades já não fazem surtar a “alma”. Aprende-se, ante extremismos de escolhas, a reconstruir-se, a refazer-se por conta das deformações impostas.
A esperança insiste existir. Os cenários futuristas descortinam a “amplidão” da estrada. Há caminhantes ladeando os passos, agora firmes e convictos, partilhando sorrisos, permitindo o calor das mãos, num irrecusável convite de mútua pertença!
E a resposta é sim!
É tempo de avançar!
Eu vou!
Publicado originalmente em 09 de outubro de 2010
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